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Escolas reduzem aquecimento devido ao aumento do IVA

Desligar aquecedores durante um período do dia é uma das opções das Secundárias da Guarda para fazer face aos custos de eletricidade e de gás natural

Da taxa reduzida de 6 por cento, o IVA na eletricidade sobe para 23. O aumento afeta o consumidor final e dá nova dor de cabeça aos portugueses. Nas escolas, onde os orçamentos também serão mais apertados, resta fazer “ginástica” para conseguir pagar a fatura no fim do mês. Nas duas secundárias da Guarda, onde o inverno é mais rigoroso, as direções acreditam que será possível fazer face a este aumento apostando em estratégias sustentáveis de consumo de energia.

Após as obras de requalificação, a Escola Secundária Afonso de Albuquerque possui agora um sistema de aquecimento elétrico e o seu diretor não nega que terá de haver uma «otimização dos custos». «Em janeiro e fevereiro, na altura em que ainda se estava numa fase experimental, chegámos a pagar faturas de 15 mil euros mensais de eletricidade. É muito caro», reconhece António Soares. Apesar disso, o responsável acredita que neste ano letivo será igualmente possível fazer face aos custos, ainda que não saiba com exatidão os valores das verbas que o Governo irá destinar às escolas. «Não posso falar em abstrato porque não sei qual será o orçamento da nossa escola no próximo ano, mas claro que teremos de pagar o que for necessário. Terá de ser sempre possível», garante, acrescentando que vai ser necessário «racionalizar custos». «Temos de aquecer bem a escola até determinada parte da manhã, desligar o sistema por volta das 10/11 horas e voltar a ligar depois de almoço, por exemplo», exemplifica António Soares.

A estratégia também já é seguida na Secundária da Sé, garante a diretora. Cristina Vicente explica que a política tem sido «poupar ao máximo», mas assume que este aumento do IVA terá «alguma influência» na fatura da eletricidade e gás natural. «Vamos continuar a agir de forma sustentada, desligando o aquecimento [a gás natural] à tarde, nos dias em que há menos aulas, por exemplo», adianta. No entanto, a responsável admite que numa cidade fria no inverno e numa escola «com problemas de isolamento nas instalações» tem de se «gastar aquilo que for necessário para o conforto de quem frequenta o estabelecimento de ensino». Numa tentativa de ser mais amiga do ambiente, a Secundária da Sé inscreveu-se na iniciativa “Gincana Rock in Rio”. Além da recolha de materiais recicláveis, o programa leva ainda as escolas a encontrar formas para serem energeticamente mais eficientes. «O objetivo final é sensibilizar os alunos para uma gestão sustentável e eficaz da energia, para em conjunto vermos em que áreas se pode poupar», esclarece a docente.

Catarina Pinto Sistema de aquecimento da Afonso de Albuquerque passou a ser elétrico depois das obras

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        aumento do IVA

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