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Equipa da Guarda ganhou experiência no Mundial de Robótica

Liga Lego é o próximo desafio para a formação do pólo da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas

O pólo da Guarda da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas (APCS) participou no Festival Mundial de Robótica, que decorreu entre 14 e 20 de Junho, na cidade alemã de Bremen. Presentes estiveram os “cérebros” da investigação em Robótica e Automação para apresentar importantes inovações tecnológicas. Apesar de não terem conseguido alcançar o “ranking” dos oito melhores, os guardenses derrotaram a Espanha, por 7-6, no futebol robótico e ganharam mais experiência.

O primeiro lugar no futebol robótico e o segundo na dança robótica, durante o Festival Nacional de Robótica, que decorreu em Guimarães, foram o “passaporte” para disputarem na Alemanha uma das mais importantes competições do género. Para Bremen viajou uma comitiva com uma dezena de elementos, nomeadamente Carlos Martins e Tiago Calde, os formadores da equipa da APCS, mais o José Miguel, o Samuel, a Joana, a Sara «e alguns pais que também ajudaram», ressalva um dos formadores. No futebol robótico participaram o José Miguel e o Samuel, no escalão A júnior. «Mas como tínhamos sido apurados de um para um e na Alemanha só havia provas de dois para dois, tivemos que nos aliar a outras equipas, que eram sorteadas a cada dia», explica Carlos Martins. A maior parte das vezes saíram-lhes equipas alemãs. No entanto, competiu-se com «muito “fair-play” e aprendeu-se muito», frisa o jovem formador. Quanto às classificações, ainda não foram disponibilizadas pela organização, pois «só as oito primeiras passaram às eliminatórias e nós não conseguimos», lamenta Carlos Martins, acrescentando que a competição foi muito difícil. «Estávamos a competir com equipas que tinham robots muito avançados e já são veteranos, como os de Singapura», indica.

Porém, derrotaram a equipa espanhola por 7-6 e, como já tinham perdido com essa mesma formação em Portugal, a vitória teve «outro sabor», admite um dos formadores. Já na prova da dança, no escalão júnior, dos 14 aos 19 anos, Carlos Martins participou como tutor de uma equipa constituída pelo Tiago, a Joana e a Sara. Os jovens concorreram com o cão-robot (o AIBO) que reproduz arrojados movimentos de dança, testados ao pormenor ao longo de quatro meses de trabalho. Antes da prova reuniam-se todas as sextas-feiras, durante duas a três horas, para se dedicarem ao fabrico, modificação e testes dos robôs. Para participar no Mundial de Robótica, a comitiva contou com o apoio da Câmara da Guarda e dos pais do Tiago, «que poderão reaver o investimento através de um projecto a que a equipa se candidatou», adianta Carlos Martins. Quanto aos custos, o formador não tem a certeza da quantia gasta, mas estima que tenham sido «cerca de oito mil euros ou mais». Apesar de andar há pouco tempo nestas andanças, Carlos Martins, arrastado para o mundo da robótica há cerca de um ano pelo Tiago, já sonha com outras competições. «Para o próximo ano, pensamos participar no futebol robótico de dois para dois e na Liga Lego», que vai decorrer em Santarém (Março), revela. Para o futuro, já estão a pensar em construir robôs que ajudem o ser humano nas tarefas mais arriscadas ou complicadas, «como ajudar os bombeiros a alcançarem locais inacessíveis, nomeadamente escombros», exemplifica.

Patrícia Correia

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