O momento atual é de grande preocupação e até algum desespero por parte dos jovens que procuram emprego e se confrontam com taxas de desemprego que há meia dúzia de anos eram perfeitamente incalculáveis. Não haverá, atualmente, outra questão mais premente para os jovens portugueses do que esta. O mercado de trabalho tem fechado portas às oportunidades que aqueles procuram. Será que o sistema educativo português cumpre o seu objetivo de preparar e conduzir os jovens à boa integração no mercado de trabalho? Estarão as organizações empresariais abertas e disponíveis para fazer o esforço de assimilar uma mão de obra jovem, mas melhor preparada tecnicamente para enfrentar as exigências dos mercados? É aqui que entra o papel do ensino profissional, que ao diminuir as distâncias entre a escola e o trabalho, constitui um importante agente integrador social e profissionalmente dos jovens no mercado de emprego. É isso que a Escola Profissional de Trancoso tem promovido ao longo da sua existência (já superior a duas décadas), ao dinamizar este mercado, fazendo a integração sucessiva dos jovens que aqui terminaram a sua formação e passaram a enriquecer quantitativa e, sobretudo, qualitativamente o mercado de trabalho regional. Esta tarefa traduz o principal desígnio e constitui, desde sempre, um contributo fundamental desta escola em prol do desenvolvimento da região, ajudando a criar uma dinâmica empresarial e crescimento económico que permitem minimizar os impactos negativos das taxas de desemprego verificadas noutras regiões. A EPT tem, ao longo dos anos, deixado marcas muito positivas no domínio da empregabilidade e em todos os setores de atividade. E vai continuar a ser certamente um agente com o qual a sociedade pode contar para a diminuição das desigualdades e desequilíbrios regionais.
Dr. Luís Fernando Farinha Pinto
(Professor Profissionalizado de Direito e Economia)
