A direcção regional de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) realçou na última sexta-feira a falta de segurança dos técnicos nas unidades hospitalares e nos centros de saúde do distrito, sendo estes últimos os «mais preocupantes» já que não dispõem de «qualquer tipo de vigilância», acusa Conceição Rodrigues.
A chamada de atenção do sindicato surge na sequência de uma ameaça de um indivíduo com porte de arma, por ser guarda prisional, a um enfermeiro quando este se encontrava de serviço no Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã. De acordo com Conceição Rodrigues, do SEP, esta é a «segunda vez» que o mesmo indivíduo ameaça os enfermeiros. O primeiro episódio ocorreu em Julho último, quando, em visita a um familiar, o homem «ameaçou, trocou injúrias e agrediu» uma enfermeira, tendo alegadamente repetido a mesma atitude com outro enfermeiro no primeiro dia deste mês. Neste caso, o enfermeiro em causa teve que se «barricar» dentro de um gabinete perante a ameaça «eminente». Uma situação que, para Conceição Rodrigues, demonstra apenas a «incapacidade» dos seguranças privados nas unidades de saúde, considerando que os mesmos «não reúnem as condições necessárias para garantir a segurança e a confiança» a funcionários e aos próprios pacientes. Daí alertar para a necessidade do Conselho de Administração (CA) do hospital adoptar «outros meios» para reforçar a segurança que existir, sugere Conceição Rodrigues, alertando para as «constantes ameaças» que os enfermeiros e médicos sofrem diariamente. «É o pão-nosso de cada dia», garante. O sindicato acusa ainda a administração do CHCB de ter «falhado» quando surgiu a primeira situação de ameaça à enfermeira. «A colega transmitiu os factos a quem de direito e foram desvalorizados», refere a sindicalista, para quem «não foram tomadas as medidas devidas». “O Interior” tentou contactar o Conselho de Administração do hospital, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.
