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Enchente na abertura da Feira de São Bartolomeu

Xutos & Pontapés actuam amanhã à noite no certame de Trancoso

A inauguração da secular Feira de São Bartolomeu, que começou na última sexta-feira em Trancoso, registou casa cheia para ânimo de organizadores e expositores. O certame, organizado pela AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira e a Trancoso Eventos – Empresa Municipal, termina no domingo e uma das noites mais aguardadas é a de amanhã com a presença dos Xutos & Pontapés.

António Oliveira, presidente da AENEBEIRA, realça que as expectativas para esta edição da maior feira de actividades da região são «boas», isto apesar do processo de preparação do certame se ter iniciado «com algum receio natural, dada a situação de crise económica, mas a resposta por parte dos potenciais expositores foi muito positiva». O dirigente reitera que as expectativas são «as melhores, assim o tempo nos ajude e tenhamos aqui noites quentes e agradáveis para que muita gente possa afluir à noite, visitando a feira, as diversões e os espectáculos». Nesse sentido, a «grande noite» do evento será amanhã com o espectáculo dos Xutos & Pontapés, que suscitou algumas dúvidas em virtude de doenças do seu vocalista, mas a banda já anunciou no seu site oficial que o concerto da “cidade Bandarra” se mantém.

Aquela que «terá sido a primeira feira franca do país ainda na primeira dinastia de Portugal» continua a ser «importante, não só pelas pessoas que nos visitam, mas para dinamizar todo o tecido económico do concelho, nomeadamente da restauração de Trancoso que durante estes 10 dias tem um movimento anormal que de outra forma nunca poderia sentir ao longo de um período decisivo com é este de Agosto», refere António Oliveira. O presidente da Câmara de Trancoso partilha da mesma opinião e sublinha que, «apesar da conjuntura económica apresentar sinais de preocupação, esta feira tem uma grande tradição histórica». Júlio Sarmento reconhece que o certame é «sempre um marco muito importante em Trancoso» e que «tanto sob o ponto de vista dos empresários presentes, como dos visitantes, assume um carácter assumidamente mais que regional».

Assim, o autarca garante que o investimento feito para dar melhores condições a expositores e público valeu a pena: «A construção do pavilhão multiusos, que é uma obra de arquitectura notável e é a maior área de exposições do distrito, e todo este campo da feira, que foi reabilitado o ano passado, dão à Feira um ar organizado e urbano», considera. Igualmente presente na inauguração do certame esteve o Governador Civil da Guarda, para quem é «verdadeiramente surpreendente» como a Feira de São Bartolomeu consegue manter tal dinamismo e atrair milhares de pessoas num contexto de crise. Santinho Pacheco elogiou a «categoria, diversidade e pujança» da iniciativa, sustentando que Trancoso representa «uma espécie de montra daquilo que pode ser o nosso desenvolvimento». Isto porque «apostou no seu passado, na recuperação do seu património e tem hoje um conjunto de infraestruturas invejáveis», declarou.

Como vê a actual edição da Feira de São Bartolomeu?

Isabel Orsoni, 35 anos, França/Trancoso

«Costumo vir todos os anos e penso que está um bocadinho mais fraca que em anos anteriores. Não noto a falta de nenhum sector em especial, mas acho que havia mais expositores em edições anteriores».

João Ribeiro, 37 anos, Lousada, expositor

«É a primeira vez que venho a esta Feira por recomendação de outras pessoas e porque é bastante conhecida. Está a vir muita gente nestes primeiros dias, já tive algumas propostas, mas ainda não se fez vendas. Há muita adesão por parte das pessoas e por isso considero bastantes positivos estes primeiros dias».

Ema Berneaud, Cartaxo, expositora

«O negócio está pior que nos outros anos, talvez por causa da crise. Acho que a Feira devia começar no início do mês, porque há mais emigrantes nessa altura. Já venho a Trancoso há uns seis anos e vendia-se mais. Talvez tenha sido por ter começado no dia 13. Pode ser que nos próximos dias ainda venha a melhorar».

Vergílio Cruz, 53 anos, Gondomar

«Em relação ao ano passado, não noto grandes alterações na Feira e no número de expositores, apesar de algumas novidades em certos stands. Estamos a passar férias na região e aproveitamos para vir aqui. Gosto do dinamismo que promove na cidade e na zona».

António Sousa, 41 anos, Trancoso, expositor

«O negócio está mais fraco do que no ano passado. Acho que é a crise e o formato da Feira, que, se calhar, começa a cansar por ser sempre o mesmo modelo. As pessoas dizem que é mais do mesmo. Sugestões? Não é essa a minha área. Ainda não vi os corredores tão cheios de pessoas como há dois e três anos».

Manuela Cruz, 42 anos, Celorico da Beira

«Não vinha há dois ou três anos e para já está animada a estou a gostar. Contudo, noto a falta da Casa da Prisca no pavilhão, porque é a “prata da casa” e acho que devia estar representada. Esta feira é importante porque ajuda a criar outro impacto social e económico nas empresas da região. O espaço está bem estruturado».

Joaquim Antunes, 30 anos, Viseu, expositor

«É a primeira vez que cá estamos. Não sabemos bem a tradição da feira, mas disseram-nos que trazia muita gente e os primeiros dias estão a correr de acordo com as nossas expectativas. Há contactos que poderão vir a traduzir-se, ou não, em obra. Como somos de Viseu, para além das possíveis vendas, a feira também é importante pela promoção que proporciona dos nossos serviços».

Manuela Passos, 49 anos, Gondomar

«Os stands para as mulheres não são atractivos. Falta mais qualquer coisa que capte mais a atenção das senhoras. Devia ter outro tipo de mobiliário e alguma tapeçaria, por exemplo. Os stands são muito parecidos com os de anos anteriores».

Ricardo Cordeiro Apesar dos tempos de crise, as expectativas são as melhores

Enchente na abertura da Feira de São
        Bartolomeu
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