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Empresa compra 18 lotes da PLIE

Transportadora de mercadorias e logística será a maior unidade a instalar-se na plataforma logística da Guarda, mas desconhece-se quantos postos de trabalho serão criados

A Broliveira, uma transportadora de mercadorias e logística de Ourém, vai instalar-se na PLIE, onde adquiriu 18 lotes. Coincidência ou não, o anúncio foi formalizado no dia em que os vereadores do PSD puseram em causa a capacidade da maioria socialista atrair investidores para a cidade.

O assunto foi agendado no início da reunião de Câmara da passada segunda-feira, tendo o presidente Joaquim Valente revelado que o acordo tinha sido conseguido três dias antes. A empresa vai pagar 15 euros por metro quadrado e terá optado pela Guarda devido «à centralidade da cidade e às acessibilidades», disse o autarca, que admitiu que a introdução de portagens na A25 e A23, dois eixos fundamentais de ligação a Espanha e à Europa, estão «a alterar os pressupostos de instalação das empresas» e que a Guarda poderá vir a ganhar alguma coisa. No caso da Broliveira, trata-se de uma empresa que dispõe de uma frota de 320 camiões e emprega 350 pessoas. Atualmente, a transportadora serve 641 clientes e registou 32 milhões de euros de faturação no ano passado. Em termos de dimensão, é, até agora, a maior unidade a instalar-se na PLIE ao ocupar um quarteirão inteiro, mas desconhece-se quantos postos de trabalho serão criados.

Rui Quinaz congratulou-se com este contrato, mas antes aludiu aos «acontecimentos demolidores» dos últimos dias, com destaque para a escolha da Covilhã pela PT para sediar o seu “data center” e o adiamento da requalificação do parque industrial da cidade. «A atração de investimento não existe, só vemos oportunidades perdidas», criticou o social-democrata, para quem «tudo isto somado dá um retrato da política socialista, que nada faz para trazer projetos empresariais para a Guarda, daí a falta de dinamismo económico». Joaquim Valente rejeitou esta imagem ao dizer que não tem conhecimento de «nenhum empresário que tivesse ido para outro município após ter consultado a Câmara». O edil revelou depois que, no caso da PT, a autarquia guardense nunca foi contactada, nem teve conhecimento prévio da intenção da telefónica: «Não fomos consultados nem abordados sobre a eventualidade desse projeto vir para a cidade», adiantou, perante a surpresa do vereador social-democrata.

«É uma afirmação grave, pois uma capital de distrito não pode estar à espera que venham investidores. Tem que ser a Câmara a procurá-los e temos bons exemplos disso aqui perto», considerou Rui Quinaz, lembrando que a PLIE «não existe». Polémica à parte, Joaquim Valente declarou que a vinda da PT é «um bom investimento para a região». Quanto às obras no parque industrial, reiterou que o projeto «não caiu» e que a obra será realizada quando for possível.

Luis Martins

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