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Emigrantes enviam mais dinheiro para Portugal

Remessas cresceram 16 por cento e atingiram os 1.276 milhões de euros no primeiro semestre do ano

As remessas de emigrantes aumentaram 16 por cento no primeiro semestre deste ano e atingiram o valor mais alto desde 2002, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

O aumento foi generalizado em quase todos os países onde há comunidades portuguesas significativas. Segundo o último boletim estatístico do BdP, o crescimento chegou a ultrapassar os 50 por cento na Alemanha (75,5 por cento), Espanha (60 por cento) e Luxemburgo (56,3 por cento). Em concreto, no primeiro semestre de 2012 as remessas de emigrantes portugueses atingiram os 1.276 milhões de euros. Trata-se do maior montante para estas transferências nos primeiros seis meses de um ano desde o primeiro semestre de 2002, quando foram 1.334 milhões de euros (nos segundos semestres as remessas costumam ser mais elevadas, por efeitos das férias e do Natal). De acordo com o BdP, as razões para este reforço podem estar ligadas a um crescimento da emigração ou ao aumento das remessas por emigrante, de acordo com o BdP. França, com 413 milhões de euros, e Suíça (292 milhões) continuam a ser os países de origem das maiores transferências, sendo que os emigrantes nestas duas nações «enviam mais de metade do total das remessas recebidas por Portugal».

No entanto, foi nestes dois países que as taxas de crescimento face a 2011 foram mais baixas – menos 2,8 por cento no caso da França. Nos dados hoje divulgados, o Banco de Portugal não discrimina as remessas vindas de Angola – que, segundo registos de 2011, era a terceira maior fonte de remessas. Os envios de Angola estão incluídos na categoria “resto do mundo”, de onde vieram 147 milhões nos primeiros seis meses do ano – o equivalente a uma taxa de crescimento de 63,7 por cento relativamente ao mesmo período do ano anterior.

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