Nas últimas semanas a atividade do planeta Terra tem ganho tempo de antena nos órgãos de comunicação social fruto dos diferentes tremores de terra. A Terra tem um núcleo de ferro, sólido, um manto espesso e uma crusta fina e frágil que suporta toda a vida das plantas. Esta crusta é composta por rochas, formadas de minerais e criadas de modos diferentes. Por baixo da superfície terreste, forças tectónicas fortes criam tremores de terra e vulcões, terras e mares, montanhas e vales numa atividade mais ou menos intensa e regular.
A crusta da Terra está em movimento constante e, ao longo dos tempos, as características da superfície têm sido apagadas e substituídas. A ação do vento, da chuva e do gelo desgastam montanhas até as transformarem em planícies, mas são os movimentos da crusta que elevam as montanhas. A crusta, sólida, está partida em seções chamadas de placas, que se movem em relação umas às outras. Onde os continentes colidem com as placas enrugam-se como uma toalha de mesa. Quando uma bacia oceânica colide com um continente, as rochas sedimentares do fundo do oceano são empurradas para cima.
As placas são formadas por rochas da crusta juntamente com a parte mais superficial do manto. Em conjunto constituem a litosfera que tem, em média, cerca de 100 km de espessura. As placas da litosfera estão apoiadas numa camada que se chama astenosfera, a qual as separa do manto, por baixo. O mecanismo que gera o movimento das placas deriva grandemente do facto de a água, que está ligada quimicamente aos compostos minerais, tornar maleável a astenosfera. Isto permite que se mova em resposta ao calor que sobe do manto por convecção. É este movimento que desloca as placas.
As margens de placas adjacentes são divergentes onde as placas estejam a afastar-se uma da outra. São ditas convergentes onde colidam uma com a outra, e são transformantes quando deslizam uma pela outra.
Quando as forças da astenosfera forçam as placas da litosfera, estas nunca se movem suavemente. As pressões aumentam ao longo das linhas de força que marcam as fronteiras das placas.
Ocasionalmente, as pressões ultrapassam a resistência das rochas e elas fraturam, movendo-se com uma sacudidela. Esta sacudidela abana o solo com tremores de terra. A atividade vulcânica também pode provocar tremores de terra. O ponto em que as rochas se movem é chamado o hipocentro do tremor de terra. O epicentro é o ponto da superfície diretamente por cima do hipocentro. Se o hipocentro está a menos de 70 km abaixo da superfície do sismo é descrito como superficial. Um sismo intermédio ocorre a profundidade entre 70 e 300 km e um profundo abaixo de 300km. Um sismo é frequentemente precedido por abalos pequenos e seguido por réplicas, e a magnitude depende da intensidade da energia libertada no foco, ou hipocentro.
Este comportamento mostra-nos que a Terra é um planeta dinâmico cuja superfície está em fluxo constante.
Por: António Costa