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Elogios e falhas no primeiro dia da “nova” Afonso de Albuquerque

Secundária da Guarda ainda aguarda por algum mobiliário novo, que a direcção espera que chegue até ao final do mês

No primeiro dia de aulas voltou o rebuliço próprio do ambiente escolar às instalações da Afonso de Albuquerque, que, no ano passado, estiveram encerradas para obras. Houve miúdos agrupados no bar reaberto, correrias em direcção às novas salas e pequenos grupos de curiosos a descobrir todos os recantos do edifício. Os comentários sobre a “nova” escola, esses, ouviam-se um pouco por todo o lado. «Parece-me tudo bastante bem, mas ainda faltam alguns pormenores», avaliava Ricardo Coutinho, sentado no chão com um grupo de amigos, no salão. É que na manhã de segunda-feira ainda não havia ali cadeiras nem mesas.

«Dava jeito, por exemplo, termos aqui já bancos ou cadeiras para nos sentarmos, junto ao bar», sugeria o aluno do 11º ano, um dos que vai passar a ter aulas numa das salas da novíssima ala remodelada durante a primeira fase da intervenção, realizada ao abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar. Além do “vazio” do bar, ainda sem qualquer mobiliário, Ricardo Coutinho, do Curso Profissional de Informática, encontrou outro aspecto «menos positivo» no arranque deste ano lectivo. Foi na sala de aula: «Há bocado ainda não tínhamos Internet», apontou. Apesar dos reparos, o aluno mostrou-se agradado com o resultado final da requalificação e pouco preocupado com o que faltava fazer. «Acredito que, a pouco e pouco, tudo melhore», disse. No primeiro dia de aulas não era difícil encontrar mais falhas. Ainda não havia, por exemplo, os habituais bancos corridos nos corredores, nem qualquer sinalética ou até mesmo caixotes do lixo. Já no caso das salas de aula, pareciam estar devidamente equipadas.

Ao lado de Ricardo Coutinho, também sentada no chão, Andreia Proença, outra aluna do 11º ano, parece preferir falar nos aspectos positivos. Na hora de apontar diferenças entre as velhas e as novas instalações, comentou os cacifos: «Os que temos agora são o dobro dos anteriores, reparou. O que menos lhe agrada neste início de ano lectivo é ter de voltar a ter aulas num dos contentores. A sua turma não teve a sorte de estar entre as que estreiam salas novas. Terá de esperar que toda a intervenção na escola esteja concluída, ou seja, até ao início do segundo período lectivo. «De Inverno está frio nos contentores, mesmo com o ar condicionado ligado», queixou-se a jovem de 16 anos. «A nossa escola já merecia obras», considerou, por sua vez, Cátia Antunes, do 12º ano, ao recordar que «nalgumas partes até já chovia». «Agora só falta esperar para ver como vai ficar quando todas as obras terminarem», acrescentou, admitindo estar «algo ansiosa» por esse momento.

«Há de facto alguns pormenores a corrigir», admitiu o director da Afonso de Albuquerque, revelando, apesar de tudo, estar satisfeito com o primeiro dia de aulas. «Conseguimos abrir as instalações, como previsto, e o que é fundamental está a funcionar», constatou António Soares. Relativamente ao mobiliário, o responsável explicou que «há atrasos na entrega» de algum material, mas o problema está «a sentir-se a nível nacional». «O país não teve capacidade de resposta» nesta matéria, lamentou, esperando que o problema fique resolvido «até ao final deste mês». Até lá, a direcção da escola prevê utilizar algum do mobiliário antigo, nomeadamente para corrigir algumas das falhas detectadas no primeiro dia de aulas.

Videovigilância no segundo período lectivo

A Secundária Afonso de Albuquerque é uma das escolas do país que vai estar equipada com videovigilância. De acordo com o director do estabelecimento de ensino, o sistema deverá entrar em funcionamento quando as obras de remodelação estiverem totalmente concluídas, no início do segundo período, a partir de Janeiro. No interior da ala agora requalificada «já estão instalados vários detectores de movimento», informou António Soares. Cá fora, no átrio, vão estar 10 câmaras. Apesar do estabelecimento de ensino ser um dos contemplados com o sistema, António Soares revela-se crítico em relação ao sistema: «É pena que as câmaras não possam captar directamente as caras dos alunos. Deveria poder captar», defende. Para já, este responsável só encontra uma vantagem, que é o facto do sistema de «poder substituir-se aos guarda-nocturnos.

Os alunos estrearam as instalações recém-remodeladas na segunda-feira

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