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Eleições em junho de 2011

Bilhete Postal

Tenho este fascínio por apostas e por tentar percecionar os próximos passos avaliando os dados presentes. Assim gosto de antever decisões e perceber onde me engano para de novo tentar interpretar o futuro. Para junho avalio umas eleições de maioria absoluta do PSD/CDS embora não por muitos votos. O fato é que os portugueses irão às urnas por perceberem a importância do momento e apesar de frustrados, descrentes, lá irão formar longas filas nas mesas de voto. Com 75% de votantes nas urnas, Sócrates cairá abaixo de 27% e começará o tempo da discussão interna do PS para o futuro. O PS desce para que suba à sua esquerda a CDU e o Bloco. É que a esquerda não quer o PS centro direita.

Estou crente que desta vez a coerência e alguma demagogia do CDS vão fazer diferença e portanto o PSD chegará ao poder na muleta de Paulo Portas. Mas pelo menos teremos 4 anos de decisões difíceis e organizadas. Será a primeira vez que a direita governará sem créditos e com mão férrea do exterior. Assim acabará o TGV (uma insanidade) e o aeroporto novo de Lisboa e muitas obras previstas e que não verão a luz. Caberá ao PSD/CDS afrontar o povo fechando as freguesias, encerrando os Governos Civis, diminuindo o número de Câmaras Municipais, fechando alguns Teatros Municipais e Piscinas florescentes que carregam uma despesa incomportável. Há depois uma decisão fundamental: aumentar os salários de todos os portugueses abaixo de 3000 euros com 3% e mesmo 10% e acabar definitivamente com o 13º e 14º meses. Um salário mais justo não carece de complementos idiotas e cheio de peculiaridades. Esta medida será para todos e não só para Funcionários Públicos. Aumenta o poder de compra, desafoga a economia e guarda-se um salário inteiro de todos. Depois há que pagar os juros e a dívida como prioridade Nacional. Há que ter a seriedade de impedir as indemnizações milionárias, explicar a lógica de salários exorbitantes, expor as escolhas tomadas na saúde e outras áreas com números reais. Tudo isto e mais a reforma da Justiça (mais rápida, mais barata, mais despida de ruído – acabar com o delito de difamação no país da má língua)e um estudo sério e claro sobre os investimentos na educação, ciência, produção de inovação, criação de patentes. Tudo isto se espera de uma direita que até agora tem sido medíocre e virada para uma série de umbigos narcísicos e invejosos. Os egos dos incultos e dos irresponsáveis tendem a ser maiores que os de gente inteligente e pensadora.

Por: Diogo Cabrita

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