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Eleição polémica nos bombeiros de Pinhel

Direcção cessante alega que única lista que foi a votos não cumpriu os estatutos da Associação Humanitária

A direcção cessante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhel desvinculou-se do acto eleitoral da última sexta-feira por considerar que a única lista que foi a votos, liderada por Maia Caetano, não respeitou os estatutos da instituição.

Tudo porque alguns dos candidatos propostos eram inelegíveis por terem quotas em atraso há mais de seis meses à data de apresentação das listas [30 de Novembro], mas também devido à falta do número mínimo de proponentes activos. «Como era evidente, o presidente da Assembleia [Maia Caetano] deveria ter verificado a conformidade da mesma e recusado a sua afixação e apresentação a escrutínio», considera Vítor Silva, afirmando que os cinco elementos da direcção pediram a suspensão das eleições. O presidente cessante da instituição, que não se recandidatou por motivos pessoais e profissionais, também não entende por que foi ratificada, em plena Assembleia eleitoral, «logo fora de prazo», uma nova lista que resultou da substituição de um dos elementos em causa. «Mas, em vez de se marcar uma sessão extraordinária para aprovar essa lista, o presidente da Assembleia decidiu continuar, pelo que a mesma foi a votos e obteve uma maioria significativa dos 69 votantes», critica.

Vítor Silva não tem dúvidas das ilegalidades cometidas à luz dos estatutos da associação, a que prefere chamar «trapalhadas», mas revela que ele e os restantes directores que estão de saída resolveram não impugnar o acto nos tribunais para não prejudicar os bombeiros de Pinhel. «O princípio da legalidade é incontornável nesta casa. Com esta nossa posição queremos apenas aliviar as nossas consciências, porque tudo fizemos para que o processo eleitoral decorresse conforme os estatutos que desde sempre nortearam a vida de uma instituição com 104 anos», refere. Os novos órgãos sociais, onde prontificam António Ruas (Assembleia Geral) e Luís Poço (Conselho Fiscal), tomam posse a 13 de Janeiro.

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