«Tem que haver menos festa e mais emprego. Nós apostamos no emprego», disse hoje Eduardo Brito. O socialista apresentou oficialmente a sua candidatura à Câmara da Guarda na passada sexta-feira e considerou que «um modelo de desenvolvimento que aposta no alindamento da cidade é muito curto para a Guarda».
Num café-concerto do TMG bem composto viram-se personalidades conhecidas como o médico João Correia, antigo candidato à presidência da Assembleia Municipal como independente pelo PSD, os advogados António Ferreira, que em tempos foi candidato a presidente da autarquia pelo PCP, Paula Camilo, que foi adjunta do então secretário de Estado da Agricultura Álvaro Amaro e foi vereadora do PSD na Câmara da Guarda, a centrista Cláudia Teixeira, ex-candidata à Câmara e Rui Correia, próximo, em 2013, do grupo de independentes liderado por Virgílio Bento e Manuel Rodrigues. Nesta sessão marcaram ainda presença os autarcas socialistas de Fornos de Algodres, Seia e Trancoso. Numa intervenção breve, Eduardo Brito sublinhou que «sem investir na tecnologia, no desenvolvimento económico e na criação de emprego, o futuro da Guarda será péssimo». E garantiu que, «aqui ao lado, há prova do modelo de desenvolvimento» que está a ser seguido na cidade mais alta, mas, confrontado por O INTERIOR, escusou-se a esclarecer se estava a referir-se a Gouveia, município a que presidiu Álvaro Amaro durante 12 anos antes de concorrer na Guarda, em 2013.
O antigo autarca de Seia afirmou ainda que «governar é escolher entre uma incubadora de empresas e uma rotunda» e que, se for eleito presidente, vai pôr «os recursos financeiros da Câmara ao serviço da criação de emprego e da fixação de pessoas». Eduardo Brito constatou, de resto, que «ao nosso lado, Câmaras de menor dimensão estão a fixar talentos e empresas e na Guarda contentamo-nos com a realização de eventos. Olha-se para a plataforma logística e novas empresas zero». O também presidente da comissão política distrital socialista não se esqueceu de recordar que «tudo o que é estruturante na Guarda tem a marca do PS» e prometeu uma administração municipal «simples, eficaz, próxima das pessoas e muito transparente, pois os guardenses vão saber o que a Câmara compra, onde, a quem e em que condições».
Eduardo Brito defendeu a instalação de um Tribunal Administrativo e Fiscal na cidade e a segunda fase de requalificação do Hospital Sousa Martins. «É absolutamente fundamental», considerou o candidato que concorre com o lema “Há outro caminho”, que também se comprometeu a baixar o IMI e as taxas e tarifas municipais. O socialista criticou a falta de intervenção no centro histórico, que está «praticamente desertificado», uma situação que tenciona contrariar com a reabilitação de casas para estudantes do Politécnico.
«Queremos um governo de jeito na Guarda»
Presente na sessão, o dirigente nacional do PS Pedro Nuno Santos afirmou que a Guarda «está a marcar passo há quatro anos» e que o atual presidente da Câmara «não tem visão estratégica, nem capacidade para fazer obras estruturantes, nem capacidade para criar emprego. Essa é a derrota dele». O atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares que chegou a hora da Guarda ter «um governo de jeito», pois «quem fracassou nos últimos quatro anos não vai conseguir ter sucesso nos próximos». Por sua vez, Joaquim Carreira, atual vereador na autarquia, que lidera a lista à Assembleia Municipal considerou Eduardo Brito como «o melhor e mais experiente candidato que PS podia ter neste momento».
A lista à Câmara será divulgada no início de julho, mas já é conhecida a equipa da candidatura, que é composta por Luísa Campos (mandatária) e pelos jovens Manuel Simões (mandatário da juventude), Hugo Carvalho (mandatário financeiro) e Agostinho Gonçalves (diretor de campanha). O empresário da área das novas tecnologias António Gil será coordenador do programa eleitoral e António José Dias de Almeida vai presidir à comissão de honra.
Luis Martins
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