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Editorial

Dezembro é tempo de paz, de reconciliação e como último mês do ano é também altura de fazer um balanço do que foi realizado.

Com a animação de Natal, que está já a decorrer, a Agência para a Promoção da Guarda encerra um calendário de eventos que ao longo do ano trouxeram uma dinâmica diferente ao Centro Urbano da nossa cidade e que aglutinaram gentes da Guarda e de fora, que puderam contactar com o núcleo medieval da cidade e com o comércio aí existente.

Se no tempo frio nos remetemos para a promoção e divulgação da nossa gastronomia com o evento “Sabores com Tradição”, que decorreu de 06 de Março a 06 de Abril e colaborámos com o TMG no grande espectáculo de rua “A Morte do Galo”; com a chegada do tempo mais ameno e quente, as actividades saíram para os espaços abertos do Centro Urbano.

Aqui tiveram lugar o Encontro Citroen 2 CV, a Exposição Urbana de Fotografia, a Feira da Saúde, o Festival Automóvel e as várias edições da Feira de Antiguidades e Coleccionismo. Todas estas actividades, algumas da organização específica da Agência outras em colaboração com entidades organizadoras, integraram para além do seu objectivo principal, animação para miúdos e graúdos e tornaram o Centro Histórico num espaço mais atractivo, acolhedor e conhecido.

Não são alheias a esta dinâmica as intervenções no espaço público que a autarquia tem vindo a implementar, através das quais se tem conseguido criar novas condições de mobilidade e atracção para o Centro Urbano.

Com o culminar das repavimentações, que se espera sejam concluídas a curto prazo dadas as frentes de obra, o espaço intra-muralhas ficará na sua plenitude diferente para melhor e contribuirá para a valorização de todo o património aqui existente.

Também os equipamentos que aqui têm vindo a ser fixados como é o caso dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), a Delegação da Ordem dos Médicos e recentemente a Casa da Criança da Fundação José Carlos Godinho Ferreira de Almeida e os já anunciados Julgado de Paz e o futuro Centro Social de S. Vicente são e serão um meio fundamental para consolidar e afirmar esta área urbana da cidade e inverter o ciclo de decadência em que o Centro Histórico caiu há alguns anos.

Estas acções concentradas e complementares não terão todavia o seu pleno efeito se continuar a faltar intervenção ao nível dos imóveis e das actividades económicas. Como tal, há necessidade de através de investimento público e privado se iniciar uma acção plena de reabilitação do edificado e de investimento em iniciativas económicas para que assim se consiga atingir o grande objectivo de reafirmar o Centro Histórico como o verdadeiro coração da cidade da Guarda, onde o património e o comércio, em perfeita consonância, contribuem para um espaço polarizador e apetecível de vivências diárias.

António Saraiva

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