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Editorial

No passado dia 27, a Guarda comemorou mais um aniversário sobre o foral que lhe foi concedido por D. Sancho I em 1199.

Passados 811 anos, a cidade mais alta de Portugal continua a honrar os seus pergaminhos enquanto guardiã das terras lusas.

Se nos finais do séc. XII, a Guarda assumia uma função importantíssima na defesa do reino e na consolidação das suas fronteiras, hoje apresenta-se como uma importante base logística para o país e para a Europa.

Ao longo da sua história, a Guarda teve épocas de crise mas também momentos de glória que contribuíram para a sua afirmação, para o seu crescimento e desenvolvimento. Essas vitórias e triunfos só foram possíveis devido a pessoas que por ela lutaram e casos houve em que algumas pela cidade e pela nacionalidade se sacrificaram. As cidades são na realidade organismos vivos e espaços dinâmicos nos quais intervêm actores oriundos dos mais variados sectores como seja o social, o económico, o político e de muitos outros. Actores que somos todos nós e dos quais dependem as nossas cidades, o nosso território e mesmo o planeta terra.

São as nossas atitudes, as nossas acções, os nossos investimentos e posicionamentos que poderão tornar a Guarda numa cidade ainda mais forte, mais coesa, mais afirmada e mais amiga. Todos nós devemos e teremos de assumir o papel de actores activos e interventores em prol da nossa cidade e não abstermo-nos das nossas responsabilidades para com esta urbe que muito nos tem dado.

Desde logo, cada um de nós deveria interrogar-se sobre o que já deu, o que dá e o que pretende dar à Guarda para que dela, para que dos outros e do colectivo possa receber ainda mais. E se no dia-a-dia a Guarda nos solicita a nossa dádiva, em tempo de crise, como o que estamos a atravessar, o nosso contributo, a nossa participação e intrusão deverá ser ainda mais acentuada.

Deixo a todos vós, a todos nós, o desafio de fazermos mais pela nossa cidade participando na vida associativa, zelando pelo nosso espaço público e colectivo, colaborando com o ambiente, preferindo os nossos produtos, procurando o nosso comércio e elevando as nossas qualidades, potenciando as nossas diferenças e acima de tudo, acreditando na Guarda.

Estando próximo o Natal, época de solidariedade e também espaço de dádiva, é com votos de Boas Festas e de um Ano Novo envolto de realizações, que peço a todos vós uma atenção e entrega especial em prol da nossa Guarda.

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