O Banco de Portugal confirmou hoje os dados do Instituto Nacional de Estatística. Em 2014, depois de três anos de contração, a economia portuguesa regressou ao crescimento com uma subida de 0,9 por cento.
A instituição liderada por Carlos Costa apresentou, esta quarta-feira, o Boletim Económico de Maio no qual o banco central analisa a evolução da economia portuguesa em 2014, não incluindo previsões para os próximos anos. Os números estão em linha com as projeções do Governo e ficam uma décima acima das previsões da Comissão Europeia, que na terça-feira apontou para um crescimento de 0,8 por cento.
O boletim aponta o aumento do consumo das famílias e o investimento das empresas, enquanto o Estado passou a gastar menos. O Banco de Portugal (BdP) defende que «é imprescindível» para a economia portuguesa «prosseguir o processo de ajustamento em curso» e que o sucesso de Portugal depende também de realizar reformas estruturais e «persistir na correção dos desequilíbrios macroeconómicos».
Para o BdP, «o sucesso da economia portuguesa» depende, por um lado, da sua capacidade para «aumentar a quantidade e a qualidade dos fatores produtivos», mas também da capacidade de «encetar reformas estruturais e persistir na correção dos desequilíbrios macroeconómicos com base numa correta condução das políticas económicas».
Em relação ao elevado nível de endividamento de Portugal, o banco central considera que «constitui um problema» por representar um «contínuo desvio de recursos associado ao serviço da dívida» e pelo «nível de exposição ao risco a que submete a economia».
Quanto ao mercado de trabalho, o BdP considera que a evolução verificada em 2014 «espelha a evolução na atividade e também os fortes desequilíbrios acumulados nos últimos anos».