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«É urgente uma nova área industrial na Guarda»

Pedro Tavares foi eleito na terça-feira para a presidência do Nerga

O novo presidente do Nerga – Associação Empresarial da Região da Guarda considera «premente» a conclusão da área industrial adjacente à Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial. «O actual, além de ser pequeno, está obsoleto e em mau estado. É urgente começar a vender lotes na área empresarial e também na PLIE», disse Pedro Tavares, eleito na terça-feira. O empresário, administrador da Sociedade Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, liderou a única lista que foi a votos e sucede no cargo a Teixeira Diniz, de quem foi vice-presidente.

Trata-se de um elenco de continuidade, apesar desta mudança ter sido despoletada pela indisponibilidade profissional do presidente cessante, cujos negócios estão agora centrados em Lisboa. Mas Teixeira Diniz continua nos novos corpos sociais, assumindo a presidência da Assembleia-Geral, coadjuvado por José Manuel Torres (vice-presidente) e José Luís Reina (secretário), em representação da ARA, a fábrica de calçado de Seia. A presidência do Conselho Fiscal cabe a Nuno Beça Ferreira, que tem como vice-presidente Carlos São Pedro e vogal efectivo Paulo Estêvão. Na direcção, Pedro Tavares tem como vice-presidentes José Madeira Grilo e Jorge Leão. Após a reunião, o novo presidente adiantou aos jornalistas que o «grande objectivo» do primeiro ano de mandato será a formação dos quadros e funcionários das empresas do distrito. «Vamos ter um papel preponderante no novo Quadro Comunitário no apoio nessa área aos nossos associados», prometeu.

Nesse sentido, o Nerga estará bem preparado financeiramente para concorrer aos próximos fundos comunitários: «Estamos a entrar no novo Quadro sem qualquer problema financeiro. No fundo estivemos a amealhar nestes últimos anos para gastarmos agora», revelou, considerando «boa» a saúde financeira da associação empresarial. Pedro Tavares assume também que o Nerga não voltará a promover feiras, com excepção da Beirartesanato. «Inicialmente foi uma questão económica que ditou o seu fim, pois tivemos que cortar custos e eventos que nos dessem menos valias. Além disso, somos uma associação industrial e a nossa vocação não será esta, já vínhamos fazendo feiras viradas para os associados da Associação Comercial, o que não tinha lógica», sublinhou.

Quanto à rentabilização das instalações, o empresário refere a realização de eventos, como as festas de aniversário, e anuncia que o Nerga vai assumir o seu papel social na comunidade. A primeira actividade deste cariz acontece na segunda-feira, já que a associação vai proporcionar uma festa de Natal para as crianças pobres da cidade. Em termos económicos, o dirigente critica o “interior” que vai beneficiar da redução de IRC: «A medida dos 10 por cento é boa, mas o mapa deveria ser remodelado. O definido é demasiado extenso para que o distrito da Guarda tenha uma efectiva mais-valia em relação ao distrito de Aveiro, grande parte do qual é considerado interior, ou mesmo Viseu e Leiria», criticou. A nova direcção deverá tomar posse no início de Janeiro.

Luis Martins

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