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«É urgente fazerem alguma coisa para que não aconteça nenhuma tragédia»

Moradores da Rua Dr. Francisco Pissarra de Matos, na Guarda, estão preocupados com a queda de várias pedras numa encosta rochosa

Uma encosta rochosa, sem qualquer protecção, com várias pedras em risco de se soltarem está a provocar bastante preocupação em vários moradores da Rua Dr. Francisco Pissarra de Matos, no Bairro Nossa Senhora dos Remédios (Guarda). A Protecção Civil Municipal da Guarda tomou conhecimento da situação em Outubro de 2002, mas até ao momento ainda nada foi feito para evitar que um acidente possa acontecer. A Protecção Civil da Guarda garante solução para o problema a «breve prazo».

Os moradores dos Blocos 28, 30, 32, e 34 da Rua Dr. Francisco Pissarra de Matos, cujo “muro” problemático fica situado nas suas traseiras são os principais afectados. Carlos Varandas Nunes, morador do bloco 32, garante que deram pela situação em 2001, mas o primeiro contacto com a autarquia só teve lugar em 2002 junto do coordenador da Protecção Civil Municipal. «Na altura, o administrador do Bloco dirigiu-se à Câmara por duas vezes onde os técnicos tomaram conhecimento. Depois, em Outubro de 2002 desloquei-me aqui juntamente com o delegado da Protecção Civil Municipal e um técnico», recorda. De resto, o morador queixoso garante que os dois funcionários da autarquia quando chegaram ao local «até ficaram estupefactos pelo perigo da situação». No entanto, apesar de terem dito que «iam tomar medidas até à presenta data ainda nada foi feito», lamenta, apontando para os pedaços de pedra que já caíram e para outros que parecem estar prestes a seguir o mesmo caminho. «Isto é uma situação muito perigosa» e, mesmo apesar de este ano não ter chovido muito, «continuam a cair», assevera. Mas é no Verão, que se aproxima a passos largos, que o perigo se torna mais evidente. «No Verão estão sempre a cair pedras e andam aqui crianças e se um dia cai uma pedra grande torna-se grave e pode haver aqui alguma morte», alerta. Carlos Nunes diz mesmo que «é urgente fazerem aqui alguma coisa para que não aconteça nenhuma tragédia», considera, indicando que «na altura» até sugeriu que optassem por uma projecção de cimento e pela colocação de uma rede. «Ficaram de pensar, mas já lá vão três anos e a Câmara não fez rigorosamente nada», frisa.

Confrontado com a situação, Granja de Sousa, coordenador da Protecção Civil Municipal, realça que «pelo menos aparentemente o muro não está em risco de cair». Ainda assim, como «medida de prevenção para acautelar» qualquer acidente, a Câmara chegou à conclusão de que a melhor solução passaria por «cimento projectado». No entanto, depois o assunto caiu num impasse, «para vermos quem era o loteador responsável». Contudo, garante que «seja através do loteador ou através da Câmara a situação será resolvida a breve prazo», assevera. Até porque, reconhece, que «se não for com cimento há sempre o risco de algumas pedras irem caindo», diz.

Ricardo Cordeiro

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