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É uma aberração ver a equipa de intervenção rápida da PSP fazer operações stop*

A propósito do editorial de O INTERIOR da última edição, e concretamente sobre o descrito no que se passou na Guarda, quero manifestar o meu apoio ao seu ponto de vista quanto à utilização dos recursos humanos policiais.

…Concordo com o que o sr. director afirma, à excepção da frase:

«Como é possível um homem “correr a cidade”, vandalizar nove agências bancárias, sem, entretanto, ser detido pela polícia». É muito fácil. A polícia é chamada a uma caixa de Multibanco danificada, por exemplo, além de ter de recolher todos os indícios possíveis, não pode abandonar o local sem essa responsabilidade ser transmitida ao proprietário (responsável) e isto demora tempo, como sabe.

O problema é que há apenas uma viatura, com dois elementos, para todas as ocorrências na cidade. Se neste espaço de tempo surgir outra ocorrência, essa terá de esperar. Neste caso concreto, o indivíduo deslocava-se num veículo, o que lhe permitiu provocar vários danos em vários locais da cidade, num curto espaço de tempo. Relativamente à utilização de elementos policiais em operações stop e outros actos de fiscalização rodoviária, reconheço que são mal geridos, mas também é certo que são ordens emanadas da direcção nacional e, penso, que sob pressão do ministério da tutela.

Como todos sabemos, este Governo quer é dinheiro! (…) nunca a polícia esteve tão subjugada como agora. O mais grave ainda é haver no comando da Guarda uma equipa de intervenção rápida (vocacionada, criada e equipada especialmente para situações mais gravosas e patrulhamentos em áreas mais problemáticas) que é utilizada 99% do seu tempo de serviço em acções de fiscalização de trânsito. É uma aberração ver pessoal com equipamentos para tumultos fazer operações stop, como que a amedrontar os automobilistas. (…).

* Título da responsabilidade da redacção

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