A festa – muito bonita, por sinal – acabou, mas o refrão do “rap” final promete perdurar na memória dos muitos guardenses que conseguiram ver o espectáculo “Guarda: Paixão e Utopia”. Mas há muito mais para recordar desta assombrosa e empolgante super-produção criada pelo TMG e o Trigo Limpo Teatro ACERT, de Tondela, para celebrar o 807º aniversário da cidade. O voo do anjo, D. Sancho “motard”, as pauladas na Feira de S. João, a partida dos emigrantes, a chegada da electricidade e um OVNI serão alguns dos momentos mais marcantes desta alegoria tornada realidade graças ao empenho de uma dezena de colectividades do concelho, de mais de 300 participantes, dos criadores e dos técnicos do TMG. Tudo sob a batuta experiente de José Rui Martins, director do ACERT. O resultado final excedeu as expectativas e muito poucas cidades terão tido direito a prenda tão requintada e sentida. Pena é que “Guarda: Paixão e Utopia” seja irrepetível, pois arriscar-se-ia a ficar em cartaz durante algum tempo, tal foi o impacto gerado à sua volta. Muitos viram, mas muitos mais gostariam de ter visto. Segundo o TMG, só a experiência deverá ser repetida, pelo menos uma vez por ano, com registos e criações diferentes, para que possamos voltar a celebrar a Guarda em conjunto.