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Dubai: uma escala conveniente

O Médio Oriente, fascinante zona do nosso planeta, remete-nos, inevitavelmente, para o imaginário das “Mil e Uma Noites”; um imaginário de cores, de cheiros, de deserto, de camelos e de ouro reluzente. Infelizmente, por razões de segurança, muitos países do Médio Oriente estão categoricamente desaconselhados ao turismo. Todavia, há exceções e os Emirados Árabes Unidos são uma delas!

Por entre os vários Emirados, o Dubai merece uma visita. Além de conservar o misticismo do Médio Oriente, consagra uma marca de modernidade e desenvolvimento tecnológico impressivos; o toque de ocidentalização, tal o número de expatriados que aí reside e trabalha, é notável e a segurança não é – jamais – um problema. 

Quanto aos preços, não são de facto os mais apetecíveis para a carteira dos portugueses e, por isso, algo que aconselho é aproveitar para fazer escala no Dubai. Na verdade, a companhia aérea Emirates parte de Lisboa e permite-nos viajar para centenas de destinos, um pouco por todo o mundo – incluindo Hong Kong, Tailândia, Singapura, Sydney, Tanzânia… Em todos esses voos faz-se escala no Dubai e é precisamente aqui que reside a minha advertência de hoje. Ao fazer-se escala no Dubai pode optar-se por várias escolhas: 

Uma escala rápida de 2/3 horas, que pouco mais permite do que mudar de avião;

Uma escala de 18/19 horas, que permite sair do aeroporto sem ter de recolher a bagagem de porão e fazer uma visita rápida à cidade, tempo suficiente para ver e sentir o destino, sem qualquer custo adicional no bilhete – aliás, a fim de promover o turismo, os bilhetes com esta escala costumam até ser mais baratos, permitindo a reserva de um quarto com o que se poupa no voo; importa, contudo, assegurar que a escala não é maioritariamente noturna porque, neste caso, tudo estará fechado; 

Escolher um bilhete multi-stop, ou seja, um bilhete para vários destinos por meio da mesma reserva, o que fica mais barato do que tirar vários bilhetes individuais. Por exemplo: Lisboa-Dubai, Dubai-Banguecoque, Banguecoque-Lisboa. O último voo, no regresso, também faz escala no Dubai, mas é considerado como um único bilhete; a grande vantagem está no segundo voo (Dubai-Banguecoque), o qual permite partir do Dubai dias depois (quantos quiser) de ter chegado a partir de Lisboa. Desta forma, a estada no Dubai é mais prolongada e, apesar de o bilhete ser mais caro, a diferença pode não ser significativa.

É sabido que os países do Médio Oriente são conservadores em muitos aspetos, essencialmente por imposições religiosas, por isso, viajar para o Dubai requer sempre alguns cuidados extras. Por exemplo: consumir bebidas alcoólicas na rua não é permitido (aliás, com exceção dos hotéis, não se comercializam bebidas alcoólicas); a exposição do corpo, como é sabido por todos, sofre alguns constrangimentos; na altura do Ramadão, fora das horas permitidas, não se pode comer e/ou beber em espaços públicos, etc., etc., etc. Todavia, há sempre alguma tolerância para com os turistas, principalmente nos hotéis; ainda assim, convém ser prudente e deixar o bom senso reinar!

O Burj Khalifa (até ao momento, o edifício mais alto do mundo, mas prestes a ser destronado), a Palm Jumeirah e uma excursão ao deserto são os “must do”. A grande advertência relaciona-se com o clima: as temperaturas são extremamente elevadas, por isso, a hidratação constante e proteção solar são obrigatórias. 

No mais, é procurar divertimento e usufruir do fascinante Dubai.

Vai? Boa viagem!

Por: Joana Dente

* @pitangaboss

Jurista / Makeup Artist / Fashion Stylist

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