Luís Aragão e António Pissarra são os dois candidatos à presidência do Núcleo Desportivo e Social (NDS), da Guarda-Gare, uma Instituição Particular de Solidariedade Social fundada em 1982. O actual presidente tem assim como adversário um dos seus vices. As urnas estão hoje abertas, das 16 às 20 horas, para cerca de 400 associados em condições de votar.
Luís Aragão decidiu recandidatar-se porque entende que «ainda há alguns projectos a levar adiante», como a requalificação do equipamento desportivo e, nomeadamente, a colocação de um relvado sintético no Campo do Carapito. «Não foi possível concretizá-lo no mandato que agora termina, mas que é possível candidatar no âmbito do próximo Quadro de Referência Estratégica Regional (QREN)», afirma. Também a continuação do projecto “Tu decides…”, do programa Escolhas 3ª Geração, bem como «consolidar a imagem do clube e manter a diversidade das suas actividades, desde a infância à terceira idade, da formação aos seniores e manter o cariz de imagem social» são outras prioridades para a lista do presidente. Há muito que o NDS deixou de ser um clube da Estação para alargar as suas “fronteiras” a outras zonas da cidade e também do concelho, mas, de acordo com o dirigente, este crescimento foi «acontecendo naturalmente, fruto do trabalho desenvolvido, pelo que os limites da freguesia de S. Miguel foram-se esbatendo».
Este ano, o NDS compete pela primeira vez na Iª Divisão Distrital da Associação de Futebol da Guarda a nível sénior, numa opção que é criticada por alguns. Contudo, o engenheiro defende esta solução, mas «sempre como complemento e como forma de dar continuidade aos escalões de formação, não com objectivos de competição». Os candidatos a vice-presidente da sua lista são João Prata e Abílio Capelo, enquanto Eduardo Bernardo concorre à presidência da Assembleia-Geral.
Já António Pissarra, actual vice-presidente responsável pelas actividades desportivas, avança nestas eleições por considerar que reúne condições para «imprimir uma dinâmica diferente» à colectividade «nalguns aspectos organizativos, na consolidação financeira e na relação com a comunidade». O candidato quer «impor um novo rumo», sob o lema «Amar o Passado, Fazer o Futuro», salientando que o NDS é «muito mais que o desporto». Nesse sentido, outro dos seus objectivos é aumentar o número de sócios. António Pissarra promete ainda uma «gestão integrada, com um grande rigor financeiro, e identificar todos os credores», garantindo ter contribuído «para que algumas dívidas fossem saldadas», graças a pedidos seus junto de algumas empresas. Pretende também «continuar a alargar as fronteiras» do clube a outras zonas da cidade, considerando que, actualmente, o NDS já tem uma área de influência «maior que a freguesia». Pelo que não «pode querer ser o clubezinho de bairro que já não é», insiste.
Para o futuro, aposta na continuação dos projectos que têm vindo a ser desenvolvidos, «em especial no que concerne aos mais carenciados», ambicionando retomar ou iniciar modalidades como o voleibol, basquetebol, andebol, golfe e natação. Melhorar as infra-estruturas desportivas do clube com um relvado sintético e proporcionar melhores condições ao público e aos atletas, com novos balneários, são outras medidas. António Pissarra também acha que a aposta no futebol sénior «faz sentido», porque um clube «que aposta e obtém resultados na formação, deve dar oportunidade aos seus atletas de continuarem a competir quando forem mais velhos». Francisco Pires e Ana Paula Lopes são os candidatos a vice-presidentes, surgindo Mário Cameira Serra para a mesa da Assembleia-Geral.
Ricardo Cordeiro
