Desde sexta-feira que a Covilhã conta com dois aviões ligeiros de combate aos fogos florestais na região. Estacionados no aeródromo local, estas aeronaves vão ficar sediadas no Centro de Meios Aéreos (CMA) da Covilhã até 30 de Setembro, disse a “O Interior” Rui Esteves, coordenador distrital do Serviço de Bombeiros e Protecção Civil (SBPC) de Castelo Branco. Cada um destes aviões tem capacidade de carga para dois mil litros de água.
Consideradas por Rui Esteves como meios que não serão «estáticos», as aeronaves já foram mobilizadas, na última segunda-feira, para a região de Santarém e actuaram terça-feira no combate a um incêndio próximo da Vila do Carvalho, na Covilhã. Além destes recursos, o distrito de Castelo Branco conta ainda com dois helicópteros, um pesado e outro médio, estacionados em Proença-a-Nova, mais dois helicópteros ligeiros em Castelo Branco e duas brigadas helitransportadas, de cinco homens cada, que tiveram formação específica para responder de forma imediata aos problemas. O reforço dos meios aéreos é a resposta da Protecção Civil para combater os incêndios florestais naquele que tem sido o distrito mais atingido pelos fogos nos últimos anos. A 1 de Julho arrancou a fase “Bravo” da operação de combate aos incêndios. Castelo Branco contará neste período mais crítico com 40 Grupos de Primeira Intervenção (GPI) e 14 Grupos de Apoio (GAP), num total de 228 homens. No terreno está também um ultraleve para vigilância, que resulta de um protocolo entre o Governo Civil e a Vodafone. Os dados do ano passado em matéria de fogos no distrito fazem encarar esta época de risco com alguma preocupação. Recorde-se que, de Janeiro até agora, a área ardida no distrito é cinco vezes superior à registada em igual período de 2004.