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Dívidas de 2011 «praticamente» pagas

Executivo guardense aprovou contratos de financiamento com menos 17 por cento para a Culturguarda e menos 30 por cento para a Guarda Cidade Desporto

A Câmara da Guarda pagou em janeiro 300 mil euros de dívidas que datam de 2011, anunciou Álvaro Amaro. No final da reunião do executivo da passada segunda-feira, o autarca disse ter «praticamente fechado» os encargos com credores e fornecedores desse ano.

«Temos um critério, que é o da maturidade da dívida, o que significa que estamos a pagar os valores mais atrasados e a ajudar a economia local. Mas não é possível recuperar em meses desse descalabro financeiro de 7,5 milhões de euros de fundos disponíveis negativos», declarou aos jornalistas. Contudo, o presidente do município admitiu que a «disciplina financeira» implementada pelo executivo PSD/CDS-PP «vai dar bons resultados». Nesta reunião, a maioria aprovou, com a abstenção dos dois eleitos do PS, os contratos de financiamento das empresas municipais Culturguarda e Guarda Cidade Desporto para 2014, que diminuem 17 e 30 por cento, respetivamente. A primeira vai receber quase 244 mil euros – tinham sido cerca de 410 mil euros no ano passado – e a segunda tem direito a 200 mil (perto de 298 mil em 2013). «Esta redução não terá grandes consequências na programação e nas atividades», assumiu Álvaro Amaro, que esclareceu que estes financiamentos destinam-se apenas aos vencimentos, à programação e ao funcionamento das duas empresas municipais.

Já as dívidas de ambas estão a ser apuradas e «serão tratadas mais tarde», acrescentou, dizendo que estes contratos programa, pagos em duodécimos, vigoram até o Tribunal de Contas dar ou não o visto ao projeto de fusão da Culturguarda e Guarda Cidade Desporto elaborado pelo executivo de Joaquim Valente. Os socialistas José Igreja e Joaquim carreira justificaram a abstenção por temer que estes cortes «possam inviabilizar o funcionamento ou diminuir a qualidade do serviço prestado» pelas duas empresas municipais. «Não há justificação para estas reduções», declarou José Igreja. O executivo aprovou também, mas por unanimidade, a proposta de regulamento da Feira Ibérica de Turismo (FIT), agendada para o início de maio, e que já abertas as inscrições (o regulamento está disponível em www.mun-guarda.pt).

Atividades de Carnaval custam 51 mil euros

A mesma unanimidade prevaleceu quanto à contratação de uma prestação de serviços, que vai custar 51 mil euros, para a conceptualização e implementação do evento “Um alto Carnaval 2014”. Trata-se do programa de animação para essa quadra, que vai ser apresentado por estes dias, onde se destaca o espetáculo da “morte do Galo”, que este ano vai decorrer no domingo à noite. Álavro Amaro adiantou que nesta edição vão participar 30 coletividades do concelho, a Culturguarda e a empresa a contratar. «É uma solução mais barata, pois a atividade é financiada a 85 por cento. No ano passado, o valor transferido para a Culturguarda foi de 48.300 euros só para a “Morte do Galo”», sublinhou o autarca. Por sua vez, José Igreja realçou o facto destas atividades serem co-financiadas e de participarem mais coletividades. «O Carnaval é um evento muito importante para a Guarda», declarou.

Entretanto, Álvaro Amaro anunciou que vai reunir no dia 20 com empresários para discutir o futuro da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE). Foram convidados 190 responsáveis, entre os quais os das empresas ali instaladas e investidores que compraram lotes de terreno no complexo empresarial da Guarda.

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