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Distrito da Guarda fica com três Urgências

Maioria dos autarcas acredita que houve «partidarismo» na escolha de Vila Nova de Foz Côa

Também o presidente da Câmara de Pinhel está indignado com a reorganização da rede de urgências. «São certamente critérios políticos», afirma António Ruas. Já António Edmundo, presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, denuncia a falta de «racionalidade» desta proposta, até porque a Beira Interior Norte «não tinha nenhum SUB e continua a ficar desprovida desse serviço». Por outro lado, o edil acha «coincidência todos os SUB ficaram localizados em zonas geridas pelo Partido Socialista». Quanto ao resto, acredita que esta medida vai prejudicar, para além da população de Figueira de Castelo Rodrigo, os turistas que visitam a zona do Douro. «É mais uma decisão que dita o afastamento da administração central, que deixa uma vez mais esta zona desprotegida», critica. Também Fernando Andrade, presidente da Câmara de Aguiar da Beira, desconfia que a escolha do Governo «não será inocente» no que respeita à localização da Urgência de Vila Nova de Foz Côa.

Já José Manuel Biscaia pergunta «o que me põem em Manteigas?». O autarca acredita que se este serviço encerrar na vila serrana será «uma catástrofe», uma vez que os SUB de Seia e Vila Nova de Foz Côa «não correspondem da melhor forma às necessidades das populações». Contudo, o edil espera que se mantenha o Centro de Saúde e com uma unidade de internamento, com «um mínimo» de sete camas. Por sua vez, Manuel Rito admite «compreender a opção» de haver apenas três urgências, mas confessa que não percebe os critérios de selecção do Governo, uma vez que Vila Nova de Foz Côa está numa zona fronteiriça e é, simultaneamente, uma zona limite do distrito. O presidente da Câmara do Sabugal até nem se importa de ter de recorrer à Guarda, só que preferia esperar por uma «Urgência moderna e eficaz, onde os doentes não tenham que ficar no corredor», argumenta.

Segundo o organigrama desta nova rede, o SUMC – que vigorará no Hospital Sousa Martins – representa um nível intermédio, integrando cirurgia urgente e meios de diagnóstico durante 24 horas, enquanto que os SUB de Seia e Vila Nova de Foz Côa funcionarão com um mínimo de dois médicos, dois enfermeiros e meios de diagnóstico permanente. A nível nacional, o mapa final apresenta 89 urgências, o que significa mais seis do que o inicialmente proposto, em Setembro de 2006. Entretanto, falta ainda definir os locais para onde deverão ser encaminhados os doentes e quando começam a fechar os SAP.

Tânia Santos

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