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Diretor do TMG «otimista» com Rede Portuguesa de Teatros

Américo Rodrigues considera o anúncio feito pela ministra da Cultura uma «vitória»

É com um sentimento de «esperança» que o diretor do Teatro Municipal da Guarda (TMG) encara a criação da Rede Portuguesa de Teatros Municipais (RPTM), anunciada na semana passada pela ministra da Cultura. Américo Rodrigues considera que o TMG está entre o lote restrito de equipamentos de todo o país que reúnem condições para serem aceites como parte do projeto.

O responsável adianta que a criação da RPTM constitui uma «vitória dos diretores artísticos dos teatros», mas também uma «pequena vitória do TMG, porque estivemos claramente na linha da frente a reivindicar essa rede durante cinco anos». Salientando que o diploma só estará pronto em maio, Américo Rodrigues admite que o simples anúncio da criação desta rede é «uma notícia animadora que nos traz alguma esperança». Representa também a «concretização de uma luta de diversos anos no sentido de reivindicarmos a sua criação», salienta, sustentando que o TMG «reunirá sempre condições para se candidatar e integrar a rede, ao contrário de teatros mais pequenos». Neste momento, ainda não estão definidos todos os pormenores, mas pelo que sabe, o diretor do TMG pensa que «neste ano abrirá um concurso apenas para pequenos apoios e nos próximos três anos será progressivo», daí acreditar que, «em 2013, talvez já tenhamos o apoio que merecemos».

«Agora vai começar pouco a pouco. Depois haverá um avanço progressivo, mas já é importante que tenhamos sido ouvidos», sublinha. «Podemos começar a ser subsidiados no final deste ano, só que a verba disponível vai ser muito menor do que posteriormente, porque o apoio é progressivo», sendo que a primeira fatia será para equipamento em falta e formação. Nos anos seguintes será então especificamente para a programação de espetáculos. O programa de candidaturas só vai ser anunciado em maio, mas Américo Rodrigues já sabe que existirão «determinadas exigência», que lhe parecem «absolutamente fundamentais» e que segundo as quais «só 13 ou 14 teatros do país poderão ser subsidiados». De acordo com o diretor, «o TMG não terá dificuldade nenhuma em concorrer e ser aceite», até porque cumpre «todos os requisitos da submissão ao concurso», tais como, por exemplo, ter na direção artística uma pessoa que trabalha há mais de cinco anos na área e tenha «um currículo expressivo».

Outros critérios são «termos uma equipa técnica, equipamento próprio, um serviço educativo, que é fundamental, uma grande abertura para coproduções. Já na internacionalização somos dos mais cotados, porque temos um trabalho com Espanha», recorda. O responsável defende que «a realidade do TMG é ser um teatro de referência e considerado estruturante para a descentralização cultural», daí dizer-se «muito otimista» em relação à RPTM.

Ricardo Cordeiro TMG cumpre «todos os requisitos» para concurso da Rede de Teatros Municipais

Diretor do TMG «otimista» com Rede Portuguesa de Teatros

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