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Director financeiro da CulturGuarda esclarece

Após a leitura da notícia publicada n’ “O Interior” de 8 de Junho de 2006, intitulada “CulturGuarda com passivo de 248 mil euros”, deverão tecer-se algumas considerações para correcção de vários lapsos ali descritos:

(…)

– O título da referida notícia, que é o mais apelativo, está errado. A CulturGuarda EM não tem um passivo de 248 mil euros, mas sim um Resultado Líquido Negativo com esse valor. (…);

– Ao referir-se que «o fiscal único entendeu dever anexar um relatório extra com as situações que podem ser melhoradas para um maior rigor contabilístico e melhor controlo interno» é bem demonstrativo que quem escreveu desconhece a matéria. Qualquer empresa apresenta com o Relatório e Contas, o relatório do Conselho Fiscal (conforme a legislação em vigor). Neste caso concreto, não foi para melhorar nada, mas sim para constatar se as contas são transparentes e se regem pelos princípios contabilísticos em vigor. Assim aconteceu, (…). Acrescenta ainda o fiscal único que «considerando que o Relatório do Conselho de Administração descreve de modo claro a evolução registada pela empresa, tendo em atenção a referida Certificação Legal das Contas e dado que não tomámos conhecimento de violação à Lei e aos Estatutos…». Como se pode verificar, não se aponta para nada, mas sim para o rigor e correcção das contas da CulturGuarda EM;

– No que diz respeito ao Café Concerto, de facto os números apresentados estão correctos, devido essencialmente ao elevado número de funcionários admitidos no início e ao desconhecimento do espaço por parte do público em geral. Tal situação tem vindo a ser corrigida por actos de gestão e alteração de procedimentos, encontrando-se neste momento numa situação bem diferente e com boas perspectivas de evolução. Se não existissem normas de controlo interno da empresa, não teria sido detectado na inventariação final o diferencial de 61 euros no tabaco, estando tal valor regularizado e alterado o procedimento de venda do referido produto;

– Por último, referir que, ao afirmar-se que se gastaram cerca de 67 mil euros em deslocações e estadas, o autor da notícia deve desconhecer que a CulturGuarda EM recebe artistas de todo o mundo, suportando as suas deslocações e alojamento devidamente negociadas e contratualizadas. Os funcionários da CulturGuarda EM gastaram na rubrica referida 1.078 euros, contrariamente ao que se poderia concluir da notícia.

Francisco Dias, director financeiro da CulturGuarda

N.R.: Vamos por pontos.

– De facto, esse valor (248 mil euros) corresponde ao Resultado Líquido Negativo do exercício. O passivo da CulturGuarda é muito mais alto: 321.433 euros. Ou seja, os números estão muito mais a “vermelho” que aquilo que indiciava o nosso título. Pedimos desculpa pelo lapso, mas, como se vê, pecámos por defeito, não por excesso. Os números devem preocupar os responsáveis… se forem responsáveis;

– Em lado algum se referiu que as contas estavam erradas, pelo contrário, o relatório de contas da empresa está bem claro. No entanto, é o revisor oficial de contas que, na primeira página do anexo ao relatório anual sobre a fiscalização efectuada, afirma que «algumas situações podem ser melhoradas para efeitos de um maior rigor contabilístico, de um melhor controlo interno ou de uma melhor produção de informação para a gestão». Limitámo-nos a citar o ROC;

– Quanto ao café concerto, como o senhor director financeiro sabe, o resultado líquido é negativo em 47.806 euros. Isto em oito meses e uma semana do mês de Abril. Ou seja, mais de 5.600 euros por mês ou se preferirem mais de 1.100 contos mensais de resultado negativo. Aplaudimos o facto de haver alterações de procedimento que poderão permitir resultados positivos num futuro próximo;

– Nós dizemos: «gastaram-se cerca de 67 mil euros em deslocações e estadas em apenas nove meses». Qualquer outra interpretação é da autoria dos responsáveis da CulturGuarda, mas agradecemos o esclarecimento.

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