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Direcção da AAUBI reduzida a quatro pessoas

Providência cautelar veio suspender comissão de gestão que tinha sido formada devido a demissões em bloco

A direcção da Associação Académica da Beira Interior (AAUBI) está neste momento e, pelo menos até Setembro, reduzida a quatro pessoas. Tudo porque o Tribunal da Covilhã aceitou a providência cautelar interposta por um aluno de Design Multimédia que pretendia fazer com que a comissão de gestão que tinha saído de uma Assembleia Geral de Alunos (AGA) Extraordinária realizada em Junho ficasse sem efeito.

Recorde-se que o motivo que levou à formação desta comissão foi uma série de demissões em bloco, incluindo a do presidente do Conselho Fiscal, que deveria ter feito cair a direcção presidida por João Rey. O despacho do juiz do Tribunal da Covilhã, a que O INTERIOR teve acesso, com a data de dia 13 deste mês, considerou a providência cautelar «procedente» e ordenou a «imediata suspensão das decisões tomadas na AGA da AAUBI, realizada no dia 18 de Junho, concretamente a deliberação de nomeação de uma comissão de gestão e a deliberação que definiu o calendário eleitoral». Rui Garcia, avançou com a providência com o argumento de que «os estatutos dizem que as AGA’s não podem ser marcadas fora do período lectivo». Deste modo, o trabalhador/estudante de Design Multimédia ficou «satisfeito» por o Tribunal lhe ter dado razão e todas as decisões tomadas na AGA terem sido «anuladas», uma vez que «veio repor a legalidade».

O candidato derrotado à presidência da AAUBI em Dezembro de 2007 frisa que, deste modo, «a direcção legitimamente eleita continua em funções apesar de estar demissionária», lamentando que «não se tenham conseguido entender entre eles». Esta é a segunda vez em que há problemas com a direcção eleita em Dezembro do ano passado, pois, em Fevereiro, João Rey tinha-se demitido da presidência, alegando divergências com alguns membros da restante direcção. No entanto, a decisão foi rapidamente reconsiderada e o dirigente reassumiu funções. Agora, reconhece que só há quatro elementos na direcção, uma vez que as várias demissões não foram anuladas, mas garante que «neste momento está tudo pacífico», até por causa do período de férias, estando a ser preparadas algumas actividades para Setembro. «Tive um mandato difícil do ponto de vista das elementos que me acompanharam na direcção, mas estou muito tranquilo com os resultados que consegui para a academia», assegura o aluno de Arquitectura.

Para Setembro, o dirigente aguarda que a Assembleia Geral «cumpra a legalidade», assumindo que abandonará a presidência da AAUBI, até porque vai «deixar de ser aluno». De resto, defende que «está trilhado um caminho sólido» e que «este é um mandato que pode marcar a diferença, apesar de todos os problemas». Quem está «completamente desgostoso com o associativismo académico» é Rui Travassos, que mantém o cargo de presidente da assembleia. O aluno de Engenharia Informática que tinha sido encarregue de liderar a comissão de gestão entretanto suspensa afirma ter tentado «levar as coisas pelo melhor caminho, mas as pessoas quiseram assim e afastei-me de todos os cargos de decisão». Salienta que neste momento a direcção está reduzida a «três ou quatro elementos», o que é «muito complicado», já que se aproximam «projectos grandes» como a preparação da recepção aos caloiros.

«Não sei como isso está a ser feito. Esta é uma altura crucial de preparação do próximo ano lectivo», diz. Sobre a data em que pretende agendar a próxima Assembleia Geral que servirá para marcar as próximas eleições, Rui Travassos pretende fazê-lo «logo na primeira ou segunda semana de aulas para que a nova direcção tome posse o mais cedo possível». Questionado sobre se acredita que a nova direcção poderá trazer “paz” à “Casa Azul”, o estudante de Montemor-o-Velho responde deste modo: «Já não acredito em milagres. É uma casa que já nasceu torta e que nunca mais se endireita», declarou.

Ricardo Cordeiro João Rey está «muito tranquilo com os resultados» que conseguiu para a academia

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