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Diplomada pelo Politécnico da Guarda distinguida em concurso internacional de Design

Rafaela Luis, diplomada pelo Instituto Politécnico da Guarda, foi distinguida com um prémio internacional, na área do Design.

O Prémio “A´Design Awares & Competion”, atribuído à sua marca Kalira Design, vai ser entregue em Milão (Itália) no próximo dia 8 de Junho. A peça, premiada, desta jovem designer intitula-se “Marilyn sofá”, sendo inspirada na icónica Marilyn Monroe e no seu famoso vestido branco.

Rafaela Luís, cuja empresa designada Kalira Design está alojada na estrutura do Policasulos existente no Instituto Politécnico da Guarda, disse-nos que desde criança sempre teve “o interesse de fazer algo diferente e inovador”, tendência mais tarde consubstanciada na escolha da formação em Design.

Natural de Mangualde, esta jovem de 24 anos afirmou-nos que escolheu o Instituto Politécnico da Guarda, e o curso de Design de Equipamento, pela qualidade que lhe reconheceu e por “acreditar que não existem maternidades de génios e isto é a prova. Tive a minha formação na Guarda, no IPG, estou formada e estou a ser reconhecida internacionalmente”.

Esta ex-aluna sublinhou que por parte dos docentes houve sempre exigência e incentivos. “Nós sempre fomos incentivados a participarmos em concursos, a sermos inovadores, fomos sempre desafiados a conhecer todos os tipos de técnicas de produção para saber como produzir aquilo que imaginamos, o que considero muito importante. Isto porque, muitas das vezes, uma falha ao nível do design é não saber como passar do papel para a realidade e penso que nisso o Politécnico da Guarda desempenhou um papel fundamental”.

Sobre a instituição onde fez o seu curso acrescenta que as condições encontradas permitiram o desenvolvimento de ideias e projetos, a par da formação ministrada. “Temos laboratórios muito bons, conseguimos explorar quase todo o tipo de ferramentas, conseguimos conhecer quase todos os tipos de processos de produção. Foram muito importantes os conhecimentos que adquiri no IPG.”

O apoio dado através dos Policasulos do IPG ajudou Rafaela Luís a afirmar os seus propósitos criativos e empresariais. “Foi muito importante, pois o alojamento no primeiro ano é fundamental e isto constituiu um grande apoio. O facto de poder utilizar os Laboratórios tem muitas vantagens, pois caso eu queira desenvolver um produto com material específico tenho as condições necessárias”, Comentou a jovem.

Os Policasulos consistem num espaço de aceleração de projetos com vocação empresarial, onde o desafio é conquistar os alunos, “agarrar” as sua ideias e ajudá-los a montarem os planos de negócios, de modo que possam dar origem a empresas, como foi o caso de Rafaela Luís.

Os Policasulos pretendem, pois, ser centros de investigação e desenvolvimento de ideias e projetos inovadores que possam dar origem a novos negócios a implementar na região. Este espaço de nanoincubação de projetos empresariais está localizado no Instituto Politécnico da Guarda, em antigas salas de aula, agora dotadas de mobiliário e algum equipamento básico, de forma que se possam aí instalar equipas empreendedoras de alunos e/ou docentes que desejem iniciar a sua atividade empresarial; localizando estas empresas emergentes nas suas instalações, o Politécnico da Guarda facilita-lhes todo o apoio logístico e de consultadoria de que precisam para arrancar a sua atividade.

Aludindo à peça apresentada no referido concurso internacional, e agora distinguida, Rafaela Luís explicou que a opção por este móvel “surgiu de querer fazer algo inovador que ligasse as pessoas ao nível dos sentimentos; sempre foi essa a minha intenção, e a marca que criei envolve muito essa parte emocional; cada peça é a ligação à alma de um artista, o que nos liga emocionalmente a um espaço ou a um ambiente.”

Daí que a ideia tenha sido captar “o máximo da essência. O próprio movimento do sofá tem uma certa movimentação do estofo que provoca essa sensação do esvoaçar do vestido. Marilyn Monroe foi, definitivamente, uma atriz que marcou uma época e muita gente”.

Do concurso teve conhecimento através das redes sociais, acabando por recolher mais informação através das pesquisas efetuadas. “Vi que tinha bastante notoriedade no mercado e resolvi participar, até porque já tinha tido uma excelente aceitação da peça por parte de clientes e nas redes sociais”. Reconhece que o “processo foi moroso – embora a peça já estivesse no mercado quando eu resolvi participar – , passou pela criação das imagens específicas para o concurso, pela resposta às exigências da descrição do conceito e da peça”

Embora ainda surpreendida pela distinção recebida, Rafaela Luís, que continua a circular pelo espaço do Politécnico da Guarda, acredita no presente e no futuro. “Finalmente estou a ser reconhecida e o meu trabalho a vir para a luz do dia. Isto é bastante gratificante para mim”.

A peça premiada vai estar exposta no stand do Politécnico da Guarda, no decorrer da Feira Ibérica do Turismo| FIT, a realizar nesta cidade.

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