Desde 2001 que, a 10 de Novembro, se comemora o Dia Mundial da Ciência pelo desenvolvimento e pela paz. Este dia instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) procura reflectir sobre o papel da ciência no desenvolvimento sustentável e na promoção da paz e do desenvolvimento, visando a melhoria das condições de vida das pessoas.
Este ano, o dia foi assinalado com o lançamento, em Portugal, do Ano Internacional pela Terra (AIPT). Proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e promovido pela UNESCO. O AIPT está centrado em 2008, mas abarca o triénio 2007-2009 e insere-se na Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, que se iniciou em 2005 e irá terminar em 2014.
Através do AIPT, a ONU pretende que o conhecimento sobre o potencial das Ciências da Terra, o seu contributo na vida dos cidadãos e na salvaguarda do planeta estejam na ordem do dia em todo o mundo, durante os próximos doze meses.
Muito se tem falado nos últimos anos sobre o conceito de desenvolvimento sustentável mas, nem sempre de forma mais correcta. Como este conceito vai passar a fazer parte do léxico dos debates de carácter científico nos próximos anos, surge a necessidade de realizar o enquadramento deste conceito. O conceito de desenvolvimento sustentável é, normalmente, definido como o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa pois, possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social, económico e de realização humana e cultural fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.
Esta definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objectivos: o desenvolvimento económico e a conservação ambiental.
Para ser alcançado de forma plena, o desenvolvimento sustentável deve assentar em três pilares fundamentais: ambiental, económico e social.
Em Portugal, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) reflecte esta ideia de construção tríptica de desenvolvimento sustentável, uma vez que, ENDS constitui-se como um processo político que pretende tornar operacional uma integração harmoniosa das dimensões ambiental, social e económica. Esta concepção e implementação das diferentes políticas públicas, orientadas a médio e longo prazo pela visão de um Portugal moderno, empenhado com voz activa nas iniciativas, por uma ordem internacional que promova a paz e o desenvolvimento sustentável à escala planetária.
Apesar de todas estas iniciativas de carácter institucional, deve ser o indivíduo, diariamente, a promover esta política pública de desenvolvimento sustentável.
Por: António Costa
