O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios comemora-se no sábado sob o tema do “Património e Ciência” e inclui várias actividades na região. A iniciativa é promovida pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) e o IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) com o objectivo de reflectir e conhecer o papel da ciência (e tecnologia) no património cultural.
Por cá, o roteiro começa em Vila Nova de Foz Côa, onde a efeméride é celebrada na véspera com palestras sobre a conservação do património do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e uma visita guiada ao núcleo da Penascosa. Em Freixo de Numão, no sábado, há um passeio pelo circuito arqueológico da localidade e as ruínas do Prazo para conhecer a metodologia aplicada nos trabalhos de campo desenvolvidos nos diferentes sítios da freguesia, numa organização da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa local. No concelho vizinho de Figueira de Castelo Rodrigo realiza-se o concurso de fotografia sobre “As sete maravilhas do concelho a nível patrimonial, da fauna e da flora”, enquanto nas ruínas do Palácio de Cristóvão de Moura, na Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, está patente um painel onde os visitantes poderão tirar uma fotografia fingindo ser Cristóvão de Moura. Já na Torre de Almofala está previsto um passeio pedestre à volta do passado romano da localidade. Estas iniciativas são promovidas pela empresa municipal Figueira Cultura e Tempos Livres.
Em Trancoso, a autarquia inaugura o Centro Interpretativo da Cogula e agendou uma visita guiada pelos monumentos da freguesia. O dia fica ainda marcado pelo lançamento de “A Monografia da Cogula”, de Sérgio Gorjão, e por uma exposição de artesanato local na sede da Junta. Na Guarda, a comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios está a cargo do Museu e foi antecipada para amanhã por causa do público escolar. O arqueólogo Vítor Pereira e o docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPG João Lobão Andrade dissertarão sobre o tema “Dos banhos quentes dos romanos às energias renováveis”, seguindo-se uma visita à estação arqueológica da Póvoa do Mileu. Novamente no sábado será possível participar numa caminhada pelo património de Fornos de Algodres durante a manhã e assistir à tarde, na Igreja da Misericórdia de Algodres, à palestra “A Intervenção Arqueológica em Algodres: um contributo para a história da população local”, por Marina Paiva Pinto, do núcleo de intervenção arqueológica da empresa ERA.
Na Covilhã há uma visita orientada à área arqueológica da Real Fábrica Veiga, no Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior, e uma palestra sobre a aplicação do sistema de informação geográfica (SIG) ao inventário do património industrial e das vias pecuárias da Beira Interior. Luísa Calado Pinheiro, Pedro Leitão e Ricardo Aguiar Carrilho são os oradores da sessão. Uma visita às gravuras rupestres do rio Zêzere, no sítio do Poço do Caldeirão (freguesia da Barroca), e a projecção de documentários são as propostas do município do Fundão. A jornada inclui ainda um “workshop” de levantamento de gravuras no local.
Luis Martins 
