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Desobediência civil contra portagens na A23

O dirigente sindical Luís Garra falava no início de uma «marcha de protesto e proposta» promovida hoje pela CGTP na Covilhã, Fundão e Castelo Branco, em que declarou aberta «a época oficial de caça ao Coelho», numa alusão à luta contra as medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro.

A introdução de portagens é uma delas e é vista como «uma medida grave e dramática para a economia regional, para o emprego e a estabilidade social». Face às consequências, o dirigente da União de Sindicatos de Castelo Branco, garante que «não fica fora dos horizontes da União de Sindicatos, se a medida avançar, um apelo muito forte a desobediência civil, porque as medidas imorais e ilegítimas só podem ser combatidas com atitudes muito fortes e corajosas». Na prática, seria um apelo «para não pagar, pura e simplesmente não pagar».

A garantia de que a Auto-Estrada da Beira Interior continua gratuita é uma das propostas que a União de Sindicatos vai apresentar em breve aos partidos com assento parlamentar, anunciou Luís Garra.

Também o Turismo da Serra da Estrela (TSE) divulgou uma carta do presidente da entidade, Jorge Patrão, enviada ao primeiro-ministro, em que alerta para o facto de possíveis portagens colocarem em risco 111,5 milhões de euros de investimentos em curso no sector, na região.

Jorge Patrão acredita que o território “que dista cerca de 300 quilómetros de Lisboa e mais de 200 do Porto, que equacionou investimentos sem o peso de custos das portagens e cuja alternativa praticamente não existe, pode ver afectada a competitividade entretanto ganha”. Apela por isso para que “sejam bem equacionadas as consequências da colocação de portagens na A23 (Beira Interior) e na A25 (Beiras Litoral e Alta).

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