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Desenvolvimento e Liberdade

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O rendimento mínimo de inserção, ou o rendimento mínimo garantido, ou os subsídios para evitar a exclusão são necessários porque são uma alavanca que permite um passo mais para sair da exclusão. Percebam-me com clareza, tudo aquilo que leva a uma ferramenta de desenvolvimento tem o benefício de dar liberdade. Instruir todas as crianças com a capacidade de ler e de escrever tem como consequência melhorar as suas escolhas futuras. Esta é uma obrigação do Estado para com todas as crianças. Por esta razão defendo uma escola básica e infantários de luxo para todos. Escolas onde as crianças se alimentem, façam desporto, aprendam a mover-se e a resolver problemas fundamentais como ler, escrever, aritmética básica, nadar, mover-se na Internet, escrever com teclados e com canetas, mexer em GPS, andar de bicicleta, tocar um instrumento, criar ligações de água e de electricidade, montar peças de “hardware”, visitar ETAR’s, sistemas de energia alternativos e a compreensão clara de Reduzir, Reciclar, Reutilizar. Também seriam matérias irrepreensíveis: o desenvolvimento de conceitos básicos civilizacionais, como bem colectivo, espaço público, reservas do espaço do outro, a contenção dos desejos como modo de minorar os sofrimentos. Esta escola que defendo não tem que ser até aos 18 anos e não devia ser até ao 12º ano. Não concordo com a proposta de José Sócrates e penso que a escola deve ser até ao cumprimento de objectivos que são ferramentas e tão só. A sociedade carece de mão-de-obra e as pessoas, aos 16 anos, podem trabalhar em vez de se passearem em escolas onde não fazem nada. De facto, aos 18 mandamos os jovens para a guerra e até lá tratamo-los como crianças? Há perversões que me surpreendem e espantam. Também vejo os meninos do futebol, como Cristiano Ronaldo, que foi “trabalhar” aos 14 anos com salário e tudo. Estou eu enganado, aquilo não é trabalho – é futebol.

Por: Diogo Cabrita

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