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Desemprego jovem em Portugal cresceu nos últimos quatro anos

Relatório da OCDE revela que 15,3 por cento dos indivíduos com idades entre 15 e 24 anos estavam desempregados em 2004

O desemprego jovem tem vindo a aumentar em Portugal, atingindo 15,3 por cento dos indivíduos na faixa etária entre os 15 e os 24 anos, em 2004, segundo o relatório sobre Perspectivas do Emprego na OCDE, divulgado terça-feira pela organização sediada em Paris.

Entre 2001 e 2004, a taxa de desemprego dos jovens cresceu de 9,4 por cento para 15,3, ou seja cerca de seis pontos percentuais, com a taxa de actividade dos jovens a descer de 47,1 por cento em 2001, para os 43,6 por cento em 2004, enquanto que o número de jovens a trabalhar representava 42,7 por cento do total de empregados em 2001, decrescendo para os 36,9 por cento no ano passado.

Segundo números divulgados no boletim estatístico de Junho, do Banco de Portugal, o desemprego jovem cresceu para 16 por cento da população activa no primeiro trimestre de 2005. Os números indicados pela OCDE para Portugal têm por base dados recolhidos pela Organização para Cooperação Económica e o Desenvolvimento junto do Eurostat, e comparam com uma taxa de desemprego jovem de 13,4 por cento em média (praticamente estável face a 2003) nos 30 países da região, e de 15,6 por cento (15,3 por cento em 2003) para a União Europeia a Quinze.

Por outro lado, na classe etária em termo de actividade (55-64 anos), a taxa de desemprego em Portugal também subiu nos últimos quatro anos, de 3,2 por cento, para 5,6 por cento do total dos activos, com o peso dos trabalhadores mais velhos no universo da população activa, a passar de 51,7 por cento em 2001, para 53,2 por cento em 2004. Face ao total da população empregada a população com mais de 55 anos continua a representar mais de metade dos activos. Neste grupo etário, Portugal acompanha a tendência registada na região da OCDE, embora com um peso relativo mais elevado de indivíduos em idade de pré- reforma o activo do que a média dos Quinze, onde a taxa de actividade já inferior a 45 por cento.

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