Taxa de desemprego caiu de 17,7 por cento nos primeiros três meses do ano, para 16,4 por cento no segundo trimestre, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O desemprego em Portugal inverteu a tendência de aumento e caiu, pela primeira vez em dois anos, de 17,7 por cento nos primeiros três meses de 2013 para 16,4 por cento, no trimestre seguinte, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Mas há riscos para a manutenção desta melhoria, avisa Filipe Garcia, presidente e economista da IMF (Informação de Mercados Financeiros) porque «em primeiro lugar, há que filtrar a sazonalidade e esperar que a economia portuguesa – que tem dado sinais de estabilização – recupere efetivamente».
Porém, na opinião do economista, «o grande risco está em 2014», com o Orçamento do Estado para esse ano e a anunciada reforma do Estado, com cortes significativos na despesa. Aliás, o próprio Banco de Portugal (BdP) «admite o potencial efeito recessivo dessa reforma», lembra Filipe Garcia.
A queda de 1,3 pontos percentuais na taxa de desemprego «revela uma melhoria das condições de base do mercado de trabalho», refere ainda Filipe Garcia, salientando que «os inquéritos (do INE) mais recentes dão conta de uma estabilização ou até aumento da empregabilidade da indústria e de estabilização nos outros sectores».
O emprego e a população ativa aumentaram, pese embora o efeito da sazonalidade. Em relação ao primeiro trimestre a população empregada aumentou 72,4 mil pessoas, atingindo as 4,5 milhões.
Mesmo assim, em comparação com igual período de 2012, regista-se uma diminuição de 3,9 por cento na população empregada, sendo que a taxa de desemprego, também em termos homólogos, subiu 1,4 pontos percentuais.
