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Desejos para 2017

Opinião – O que esperar de 2017

Desejos, anseios, sonhos… muito se pode pedir que se concretize quando um novo ano começa. No entanto, nada acontece sem que se faça acontecer; as pessoas individualmente, as empresas e as instituições. Contudo, como diz o Poeta, “Deus quer o Homem sonha e a obra nasce”. Por isso, sem um pouco de sonho nunca se poderá atingir o extraordinário e ficaremos aquém do tangível.

No contexto anterior não custa muito pedir algo, embora saibamos que, não por vontade de Deus, mas dos homens, muitas coisas nunca serão uma realidade.

A nível global seria bom que a riqueza fosse mais distribuída, que a ONU e o seu/nosso secretário-geral conseguissem uma nova cultura de cumprimento da ordem internacional, pelo respeito pelos mais desfavorecidos, pela aceitação das minorias… Enfim, pelo princípio de que ninguém, nenhuma nação, nenhum povo, quisesse para os outros aquilo que não quer para si. Que Donald Trump seja só um fogo fátuo e não o incendiário que se prenuncia pode vir a ser.

A nível nacional que a classe política seja mais ação e menos taticismo, agora que se aproximam eleições autárquicas. No mesmo enquadramento, até por serem eleições que mais próximas estão dos problemas das pessoas, que não se destruam relacionamentos, respeito e amizades por defender pontos de vista diferentes (os interesses é outra coisa). Que em Portugal haja menos corrupção e cada um, individual ou coletivamente, contribua na medida das suas possibilidades para que todos os portugueses tenham uma vida digna com paz, pão, saúde, educação, cultura, emprego, perspetivas de vida… nomeadamente para os jovens só terem que emigrar por opção e não por obrigação. Que o país viva dentro das suas possibilidades e a dívida vá diminuindo, assim comos juros.

No âmbito local, que a Guarda recupere empresas e emprego, que apareçam mais empresas que produzam bens transacionáveis e que a Guarda faça valer a sua condição única de nó rodo-ferroviário e de proximidade com Espanha e o resto da Europa. Que vão pensando numa entrada digna para a cidade (da rotunda das piscinas municipais, até à rotunda da Ti Jaquina – são só 980 metros), já que, com opções mais que duvidosas, afunilaram os acessos todos.

Na condição de dirigente desportivo, que as coletividades da Guarda e, em consequência as crianças e jovens, tenham as mesmas condições das dos restantes concelhos do distrito. Ser dirigente associativo na Guarda é uma tarefa de alto risco.

Na qualidade de professor, que os pais sejam mais responsáveis na educação dos seus filhos e, no que se refere ao IPG, que os candidatos reconheçam que vale a pena estudar na Guarda; pelas instalações, pelo corpo docente e pela cidade, entre outros fatores positivos.

A nível pessoal espero um ano com saúde. Certamente um ano ímpar, ou não acabasse em sete.

António Pereira de Andrade Pissarra

Professor do IPG e dirigente desportivo

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