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Descargas de entulho continuam na Rasa

Caso tinha sido relatado por O INTERIOR em junho de 2016, mas situação mantém-se naquele bairro da Guarda e o assunto foi abordado na última reunião de Câmara

Um caso relatado por O INTERIOR em junho de 2016 foi abordado na última reunião do executivo guardense, realizada na segunda-feira.

Trata-se das queixas dos moradores da Rua da Rasa, naquele bairro da cidade da Guarda, por causa da poluição provocada pelas sucessivas descargas de entulho de obras num terreno privado perto das suas casas. Na altura, um dos residentes contou a O INTERIOR que a situação acontece há cerca de três anos e «as autoridades não atuam», tendo resultado no enchimento de parte do referido lote de terreno. Os vizinhos contaram que as descargas eram feitas durante o dia e a qualquer hora. «O monte não para de crescer e, de vez em quando, vêm cá terraplanar o local», revelava outro morador. No local são visíveis restos de obras, plásticos, postes de cimento, entre outros materiais. Além do monte de entulho, os moradores da Rua da Rasa queixavam-se também que os camiões e carrinhas de caixa aberta que transportam os detritos estavam a danificar o caminho asfaltado que serve aquela zona.

Confrontado com estas queixas, Sérgio Costa, vereador com o pelouro do Ambiente na autarquia, referiu então a O INTERIOR que o município desconhecia a situação e iria diligenciar o envio para o local de «pessoas competentes de modo a avaliar o relatado e, caso seja necessário, contactar as autoridades». Como tudo ficou na mesma, ano e meio depois o assunto foi levado à sessão de Câmara pelo vereador socialista Pedro Fonseca. «Os moradores queixam-se da poeira constante e que os camiões têm danificado as ruas do bairro», disse o eleito, lembrando que os residentes voltaram a reportar o assunto à Câmara no último Verão e apresentaram um abaixo-assinado. «Mas estes munícipes não tiveram mais notícias», disse Pedro Fonseca. Por sua vez, Álvaro Amaro revelou que visitou o local no Verão: «Se vivesse ali também não gostaria daquilo», afirmou o presidente, adiantando que a situação foi transmitida ao SEPNA da GNR e posteriormente aos serviços de Ambiente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. «A CCDRC tomou conta do caso e atuará em conformidade se a atividade ali desenvolvida não estiver legal», garantiu o autarca.

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