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Desafio à Guarda

Sou um jovem cidadão de 24 anos, natural da Guarda. Neste momento não resido a tempo inteiro na cidade que eu tanto adoro e, como em todas as situações, quem está de fora consegue sempre ter uma melhor visão global. Acho que a Guarda tem uma excelente iniciativa cultural, mesmo ao nível das melhores do país. No entanto, a cidade, como em tudo, fecha-se para si e essa agenda cultural não tem projecção no exterior da cidade (refiro-me a outras cidades do país). A Guarda não se projecta, não se quer dar a conhecer!! É preciso iniciativas, energia, contactos com o exterior, colar cartazes em Lisboa, Porto, Coimbra, Faro! Dar a conhecer o que de tão bom se faz na nossa cidade, começar a ter impacto e projecção na comunicação social. Hoje em dia é importantíssima a publicidade gratuita na comunicação social! Queremos mais, queremos mais gente com orgulho por esse país fora que diga que é da Guarda!

Mas não nos devemos ficar por aqui. Em tudo é necessário equilíbrio e a Guarda não pode ser só uma cidade cultural, nem continuar a voltar-se só nesse sentido. Existem inúmeros congressos científicos que, ano após ano, continuam a realizar-se sempre nos mesmos locais. A Guarda tem excelentes condições para receber este tipo de eventos, pelo que deve aproveitar e não continuar a deixar escapar estas oportunidades. Mesmo a Câmara deve ter iniciativas do género. Há tanta gente da Guarda a fazer tantas coisas interessantes neste país… Porque não um fim-de-semana com exposições e congressos sobre o que as gentes da Guarda ligadas à ciência estão a fazer? A Guarda não é, nunca foi e nem será uma cidade industrial. É uma cidade de turismo, logística e serviços, mas tem alma…

Facilmente as pessoas se apaixonam pela Guarda, basta sabermos receber, ouvir e aprender com os erros já cometidos. Queremos a Guarda nos roteiros internacionais, como uma cidade a não perder e uma cidade com divulgação… equilibrada… (…) E nunca se esqueçam, a primeira impressão é sempre a que conta. Por isso, vamos manter a Guarda sempre bonita para que quem a visite pela primeira vez, ou não, volte sempre com saudades e traga os seus próximos. Para isso é necessário criar condições. (…)

João Tiago Santos, carta recebida por e-mail

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