A direcção do Centro Distrital de Segurança Social da Guarda apresentou a demissão ao ministro da tutela, soube-se na semana passada. Os motivos por que Pires Veiga, director, e Rita Cunha Mendes, directora-adjunta, puseram o lugar à disposição ainda não são conhecidos e constam de uma carta enviada a Vieira da Silva.
Ambos os responsáveis, que remeteram para mais tarde qualquer comentário, tinham sido reconduzidos nos cargos há alguns meses atrás com a renovação de uma comissão de serviço de três anos. Quem já reagiu à situação foi o PSD da Guarda que, em comunicado, exigiu saber os motivos que estiveram na origem da saídas de Pires Veiga e Rita Cunha Mendes de um organismo «importante na gestão das políticas sociais» no actual contexto sócio-económico em que se encontra o país. «É consensual que estes quatro anos e meio na Segurança Social da Guarda foi tempo perdido pela arrogância demonstrada e pelo nulo interesse em concitar apoios e colaboração das IPSS’s, dos municípios e de outras instituições verdadeiros obreiros também da obra social em cada um dos concelhos», referem os social-democratas.
O PSD apela também ao PS para que não faça «qualquer nomeação política» a dois meses das eleições. «É indesejável e tratar-se-ia, isso sim, de uma insultuosa afronta aos princípios basilares da democracia», avisam, dizendo que a Guarda está «cansada e é vítima destes jogos partidários com que o PS tem vindo a brindar a população do distrito».