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Defensor Moura foi à UBI defender a regionalização

Candidato à Presidência da República foi o segundo convidado do ciclo “Presidenciais 2011 – os candidatos em discurso directo”

Defensor Moura esteve na UBI, na passada quarta-feira, para participar no ciclo “Presidenciais 2011 – os candidatos em discurso directo”, promovido pelos mestrados em Jornalismo e Ciência Política e licenciaturas de Ciências da Comunicação e Ciência Política e Relações Internacionais. No segundo debate desta iniciativa, após a participação de Manuel Alegre, Defensor Moura defendeu a reforma administrativa no país e a regionalização como forma de acabar com o «centralismo».

«Penso que deve ser um modelo paulatino, isto é, não querermos fazer já uma região com todos os poderes, como têm as regiões autónomas, mas dar legitimidade às estruturas que temos para tomar decisões e ter uma direcção regional legitimada pelo voto», disse. Entrevistado por Edualdo Alves, do jornal online Urbi et Orbi e por Paulo Brás, da Antena 1, o candidato independente à Presidência da República aproveitou ainda para criticar Cavaco Silva. Perante uma plateia composta essencialmente por estudantes, Defensor Moura ironizou o ideal de candidato a Presidente da República preconizado pelo actual chefe de Estado, que terá feito «uma proposta de revisão constitucional», já que no final do debate televisivo entre os dois afirmou que «para se ser Presidente da República eram precisos grandes conhecimentos, formação, falar com os presidentes e ministros da Europa e ter conhecimento da dívida e do défice», criticou.

«Além dos candidatos terem que ter, no mínimo, 35 anos, também têm que ter sido Presidente da República, porque só quem o foi é que tem esses conhecimentos todos», concluiu, referindo-se à posição de Cavaco Silva. Mantendo o tom algo irónico, Defensor Moura apresentou o perfil ideal de um candidato à Presidência da República: «Não chega ser um intelectual, senão convocávamos o Eduardo Lourenço. Mas ele não se arrisca a ser candidato à Presidência da República, senão tinha 0,1 por cento, se calhar menos que eu. Temos de ter bem a noção que um Presidente da República não tem de ser um homem perfeito, mas tem de ser um generalista, que saiba muito de muitas coisas», defendeu. «O clientelismo e a corrupção» foi ainda, e uma vez mais, outro dos temas fortes do segundo candidato que aceitou o repto da Universidade da Beira Interior.

Rafael Mangana O candidato convidado pela UBI teceu fortes críticas a Cavaco Silva

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