Desde que foi considerada como uma das 50 novas empresas mais inovadoras do mundo que os contactos de potenciais interessados nos serviços da Waydip, instalada no Parkurbis – Parque da Ciência e Tecnologia da Covilhã, não têm parado. Os dois jovens responsáveis pela criação da promissora firma estão conscientes de que a distinção atribuída pela norte-americana Kauffman Foundation lhes abriu ainda mais portas para iniciarem a comercialização do Waynergy, um sistema de pavimento que produz energia elétrica quando alguém ou alguma viatura passa sobre ele.
A Waydip foi criada em outubro de 2010 por dois ex-alunos da Licenciatura e Mestrado em Engenharia Electromecânica na Universidade da Beira Interior. Depois de no ano passado terem visto a sua firma conquistar os prémios EDP/Inovação Richard Branson e MIT Inovação, Filipe Casimiro e Francisco Duarte, de 25 e 27 anos, respetivamente oriundos de Almeirim e da Covilhã, ficaram radiantes com a recente inclusão num restrito lote de 50 novas empresas com maior potencial de crescimento a nível mundial: «Foi uma grande alegria e satisfação esta notícia. É muito bom ver que somos reconhecidos além-fronteiras e dá-nos cada vez mais confiança e credibilidade para o futuro», salienta Francisco Duarte. O jovem está consciente de que a escolha da fundação norte-americana «poderá servir para abrir portas para futuros negócios», indicando que «desde que a notícia foi divulgada que os nosso contactos aumentaram exponencialmente, tanto em Portugal como no estrangeiro». Exemplificou com pedidos de informação vindos de países como Canadá, Brasil, Polónia ou França, frisando que «a notícia teve eco, não só na Europa, como também lá fora», até porque das 50 referenciadas, 39 foram americanas e europeias foram apenas três.
O jovem empreendedor explica que o Waynergy é um «sistema de pavimento que capta a energia cinética e o potencial que todos libertamos quando nos movimentamos», tal como sucede no caso das viaturas. A energia gerada poderá ser usada no próprio local ou então, simplesmente, armazenada para utilizar quando for necessária. Francisco Duarte adianta que a Waydip já tem «várias perspetivas de negócio» e que «estamos prestes a lançar a primeira gama de produtos para aplicações mais relacionadas com pessoas». O empresário prefere manter a identidade dos primeiros investidores no “segredo dos deuses”, mas sempre indica que as primeiras aplicações vão ser feitas «em Portugal e durante o próximo ano contamos fazer outras na Europa».
Ricardo Cordeiro 
