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Cybercentro é hoje inaugurado

A gestão interna será feita pela Associação Cybercentro da Guarda com os recursos humanos e técnicos do FDTI

Finalmente, o Cybercentro da Guarda vai ser inaugurado, sete anos depois de ter sido anunciado. A cerimónia evocativa terá lugar hoje, pelas 16 horas, na Sala da Assembleia Municipal. Seguido-se a visita às instalações, no edifício Solar dos Póvoas, em plena Praça Luís de Camões. As formalidades contam com a presença do secretário de Estado da Juventude e Desporto e o secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e Comunicações.

Depois de três empresas terem abandonado as obras de recuperação do Solar dos Póvoas, a última empreitada conseguiu chegar ao fim, pela firma Chupas & Morrão. O equipamento está finalmente concluído, sete anos depois de ter sido anunciado. A infraestrutura já recebeu no início deste mês, o equipamento informático e a gestão interna será feita pela Associação Cybercentro da Guarda com os recursos humanos e técnicos do Fundação para Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI). Trata-se de uma parceria entre a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e a Fundação para Divulgação das Tecnologias de Informação, conjuntamente com a Associação Cybercentro da Guarda. O processo concursal da comissão de equipamento, que é feito através do FDTI, já ficou concluído no final de Agosto.

O espaço cibernauta vai ser uma «novidade para a cidade», afiança Álvaro Guerreiro, acrescentando que vai ter um estúdio de multimédia, de resto o único da cidade acessível à população em geral. Sendo «uma mais-valia para a comunidade escolar e não só», já que está à disposição de todos os munícipes, refere, pois visa facilitar o acesso às novas tecnologias da informação. Quanto ao seu funcionamento, vai estar aberto com um horário alargado, «possivelmente» até à meia-noite, revela o edil. Já os recursos humanos não constituirão uma sobrecarga financeira para autarquia, porque, de acordo com Álvaro Guerreiro, o Cybercentro vai funcionar com técnicos da Fundação para Divulgação das Tecnologias de Informação. «É nosso objectivo optimizar sinergias e sobretudo apetrechar aquele espaço com a experiência já adquirida pela FDTI», acrescenta.

O Cybercentro vai ficar equipado com um Centro de Produção Multimédia (vocacionado para a formação, informação e comunicação na Internet, bem com a produção audiovisual), um Centro de Informática (dotado de hardware e software, acesso à Internet, apoio documental e assistência técnica personalizada), um Centro de Formação (onde será dada formação assistida por computador e cursos promovidos pela FDTI), uma Biblioteca CD Rom, salas de estudo, bar e um posto de Rede Nacional de Informação Juvenil. Recorde-se que as obras de recuperação do Solar dos Póvoas tornou-se na empreitada mais difícil de se concretizar na Guarda nos últimos anos. É que a construção deste equipamento, protocolada em 1998 com a Secretaria de Estado da Juventude, teve que chegar ao quarto concurso consecutivo para ficar concluída. O projecto foi anunciado pelo então secretário de Estado da Juventude, Miguel Fontes, em 1999. A obra foi entregue e começada pelas Construções D. Sancho, uma empresa de construção civil local, mas o empreiteiro abandonou-a a meio devido a um problema interno que terminou com a falência da mesma.

Estávamos em 2001 e a autarquia foi forçada a abrir o novo concurso público, só que as propostas dos dois únicos concorrentes não preencheram os requisitos do caderno de encargos, pelo que se iniciou um novo procedimento administrativo de adjudicação. Mas à terceira também não foi de vez, já que a vencedora, a Manuel do Carmo Rodrigues Lda. não teve possibilidades de concretizar a obra por causa de dificuldades financeiras. Contudo, antes de abandonar a obra, a empresa de Lamego celebrou no ano passado um contrato de trespasse de empreitada com a construtora Chupas & Morrão, que levou a obra “a bom porto”.

Patrícia Correia

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