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«Custa recusar tantas inscrições, porque as pessoas mostram interesse em participar na Invernal de BTT»

Cara a Cara – Entrevista: Tiago Lages

P – A Invernal de BTT é uma prova de prestígio na cidade que, ao longo dos anos, vê o limite de inscritos ser atingido. Como se conseguiu chegar a este patamar?

R – O nosso objectivo é ir crescendo aos poucos e penso que isso tem sido conseguido. Há quatro anos tínhamos cerca de 100 participantes e achámos que poderíamos avançar um bocadinho mais e no ano seguinte já conseguimos receber cerca de 250 pessoas. Em 2009 demos o salto para as 400 e este ano mantivemos esse número porque ainda havia alguns aspectos a corrigir, nomeadamente o facto da Guarda não ter nenhum local que encaixe na perfeição em termos logísticos neste tipo de actividade. Mas penso que este ano encontrámos a fórmula para, no futuro, recebermos mais participantes. Ainda assim, só o iremos fazer se conseguirmos manter a qualidade do evento.

P – E será, então, possível alargar o número de inscrições em próximas edições?

R – Sim. Mas nunca poderá ser um salto muito grande, para termos a certeza que a cada ano que passa a qualidade se mantém. Para isso também é preciso ter sempre contrapartidas em termos de apoios, para que se consiga dar aos participantes aquilo a que já estão habituados, como os brindes de participação que fazemos sempre questão de oferecer. Para aumentar o número de inscrições temos que ter condições para continuar a dar aquilo que sempre demos.

P – Que balanço faz da edição deste ano?

R – O que me custa mais é ter que recusar tantas inscrições, porque as pessoas mostram muito interesse em participar e algumas não podem inscrever-se. Tirando isso, o balanço é positivo. Temos sempre aspectos que podemos melhorar, mas, no geral, correu bem, houve um ou outro acidente sem gravidade de maior e correu tudo como previsto.

P – Quantas inscrições foram recusadas?

R – Foram recusadas, seguramente, cerca de 100 inscrições.

P – Os participantes são só da Guarda ou costumam vir de vários pontos do país?

R – Os participantes vêm de Norte a Sul do país. Aliás, dos 400 cerca de 100 são da Guarda e arredores, os restantes são de outros locais do país.

P – Há possibilidades desta prova evoluir para outros moldes, em termos de percurso e dinâmica?

R – Sim. Uma das preocupações que temos quando escolhemos o percurso é dar a conhecer novos caminhos e a Guarda em si e a zona envolvente, até porque há participantes que vêm com um espírito competitivo e outros mais num espírito de passeio e para desfrutarem das paisagens. Neste tipo de eventos há lugar para ambos e é o que tentamos sempre fazer. Além de mostrar a região, tentamos surpreender as pessoas da Guarda, que supostamente já conhecem a zona.

Tiago Lages

«Custa recusar tantas inscrições, porque as
        pessoas mostram interesse em participar na Invernal de BTT»

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