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Cursos EFA

Opinião

A frequência dos cursos denominados EFA (Educação e Formação de adultos) em vários níveis de equivalência escolar (6º, 9º ou 12º ano) tem sido vista como a única oportunidade de desenvolvimento local.

Por mais que se fale numa tendência ou até numa moda, estes cursos, melhoram a qualidade de vida das comunidades nas quais estão inseridos, aumentando o nível educacional dos formandos e por conseguinte as suas competências.

Tendo em conta o contexto social actual, a área da formação tem sido um dos grandes motores para impulsionar uma melhoria nas condições pessoais, escolares e profissionais, contribuindo para a redução do défice de qualificação e potenciando as condições de empregabilidade da população.

Esta exigência política é acrescida de qualidade e tem como principal objectivo a inserção regional, profissional e social dos adultos contribuindo também para colmatar a necessidade de profissionais qualificados em certas áreas.

Não sendo a bolsa atribuída aos formandos o intuito principal destes cursos, a verdade é que seja qual for a natureza pela qual os Formandos ingressam neles, a formação é essencial para complementar e enriquecer os conhecimentos dos Formandos e incutir-lhes alguns hábitos do mercado de trabalho.

Cada adulto transporta quadros de referência pessoais, sociais e profissionais, motivações e experiências que o tornam construtor do seu próprio desenvolvimento e do seu conhecimento ao longo de todo o processo.

O Formando é levado a reflectir sobre o que aprendeu e como aprendeu, implicando que o Adulto/ Formando seja ele próprio também Agente/Formador na utilização e transformação do seu saber.

É valorizada a experiência socioprofissional com a articulação entre a formação-base (formação escolar) e a formação-tecnológica (formação profissional), à medida de cada adulto, proporcionando-lhes uma dupla-certificação (escolar e profissional).

A ânsia de fazer e saber cada vez mais e melhor já representa por si só uma competência adquirida. Um processo de formação é um projecto individual e social sempre inacabado. A sua construção é uma actividade permanente.

No futuro, e até já hoje, as empresas estão a evoluir e precisam de colaboradores com uma formação sólida. A qualidade dos conhecimentos depende muito da formação, sendo que este é o investimento com um retorno mais imediato. Quem faz formação, rapidamente percebe que há coisas a mudar e que não é difícil fazê-lo.

Ao chegar ao fim de um processo de formação é fácil reconhecer que as competências sociais, pessoais e profissionais dos Formandos estão valorizadas, tornando-os indivíduos com mais motivações, expectativas e ferramentas para enfrentar a realidade actual.

Por: Catarina Barreiros Luis *

* Mediadora e Formadora de Cursos EFA

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