Desde pequena que comecei a distinguir dois tipos de pessoas: as que têm capacidades inatas e aquelas que têm de fazer o dobro do esforço para acompanharem as primeiras. A teoria aplica-se, por exemplo, dentro da sala de aula.
Há os ditos “marrões” que não só têm capacidades de sobra como ainda se obrigam a si próprios a atingir o limite e mais além – estudam que se fartam.
Há também os que até são inteligentes, mas aquilo que apanham nas aulas basta-lhes – não estudam grande coisa mas, por incrível que pareça, safam-se sempre.
Depois há aqueles que nem têm grandes aptidões nem se esforçam – não estudam, simplesmente. Sobra-lhes então uma opção (o caminho fácil): os famosos “auxiliares de memória”. Os copianços ou cábulas são, sem sombra de dúvida, uma arte centenária e bem sucedida.
Bem, sobre isto não me atrevo a desenvolver muito a conversa, correndo o risco de eventualmente os professores decidirem estar mais atentos durante os testes em vez de lerem o jornal ou acabarem o último capítulo do romance que estão a ler, ou até mesmo dormitar, numa tentativa de repor o sono perdido na noite anterior.
Enfim, o que nos leva de volta ao problema do acompanhamento individual dentro da sala de aula. Um só professor dentro da sala de aula jamais conseguirá “satisfazer” todas as pequenas mentes ávidas (ou não) de saber, se cada uma delas tiver uma forma específica e muito pessoal de aprender…
P.S. Visto que a última desculpa para os maus resultados dos alunos não se pode aplicar à minha turma (somos 10), outras desculpas virão.
por Diana Margarido (11.º E)