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Critical Software investe no interior do país

Évora, Tomar, Vila Real e Viseu são as cidades escolhidas pela Critical Software para abrir novos centros de engenheira. Não está para já previsto nenhum investimento para a Beira Interior, mas os motivos que levam a tecnológica, com sede em Coimbra, a investir noutras cidades que não o litoral trazem-nos alguma esperança. A companhia procura combater o êxodo populacional para o litoral e consequentemente o abandono do interior do país.

A Critical Software lançou hoje uma campanha de recrutamento de 60 engenheiros de software para os quatro novos centros de engenharia, sendo que esse «é o número mínimo» estipulado para o arranque dos escritórios, que deverão estar a funcionar em abril, disse à agência Lusa o diretor executivo e cofundador da Critical, Gonçalo Quadros.

«Queremos depois cresce» para além das 15 pessoas por cada um dos centros, explanou, sublinhando que este movimento da empresa para abrir escritórios no Interior do país prende-se com a necessidade de «combater um êxodo das empresas e das pessoas – principalmente os mais jovens – para os grandes centros urbanos» no litoral.

Para Gonçalo Quadros, há que contrariar «esse caminho», esperando que a experiência nestes quatro novos centros «permita abrir outros e cobrir o país de forma uniforme». «Temos essa ambição», admitiu o diretor executivo da tecnológica.

Os locais, explicou, foram escolhidos face à existência de pessoas qualificadas e com «a cultura» da Critical Software, que pudessem arrancar com os escritórios naqueles locais, para além das «relações fortes ou privilegiadas com algumas universidades ou politécnicos» daquelas cidades.

O objetivo com os centros de engenharia passa também por os especializar. «Estamos a criar células estaminais, que depois se irão especializar, de acordo com as nossas necessidades, com a vocação das pessoas e com a relação com as universidade»”, sublinhou.

Segundo Gonçalo Quadros, a empresa já recebeu «inúmeras candidaturas e contatos» para os novos centros, o que demonstra que «há interesse e que este movimento faz sentido». «As pessoas querem que isto aconteça e querem que haja alternativas», referiu, salientando que estes escritórios são «mais um motivo bom, forte, para que as pessoas tenham sonhos e possam trabalhar em determinados domínios e abraçar carreiras profissionais que sejam estimulantes» sem terem de ir para os grandes centros urbanos do país.

De acordo com a nota de imprensa da tecnológica, para além da campanha de recrutamento para os novos centros, a Critical está também com várias vagas em aberto para o litoral do país. A Critical Software nasceu em 1998, em Coimbra, sendo uma empresa especializada em serviços para o suporte de sistemas críticos orientados à segurança e ao negócio das empresas, que tem trabalhado em setores como o automóvel, a aeronáutica, o espaço ou a defesa.

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
Só a Guarda passa ao lado do investimento e desenvolvimento. Porque será?
 

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