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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE FILOSOFIA E PSICOLOGIA

Disciplinas uma a uma

Responde o Delegado de Filosofia e Psicologia, António Madeira:

Qual é o ponto de partida para a avaliação em Filosofia e Psocologia?

O ponto de partida para a avaliação em Filosofia e em Psicologia é o mesmo: os objetivos gerais definidos nos respetivos programas nos domínios cognitivo, das atitudes e dos valores e das competências a desenvolver.

O que se avalia especificamente nestas disciplinas?

Ao nível cognitivo, avalia-se a compreensão dos conteúdos, a utilização dos conceitos específicos de cada disciplina e a mobilização de conhecimentos para fundamentar e argumentar ideias. Ao nível das atitudes e dos valores, avalia-se a aquisição de um quadro coerente de hábitos, atitudes e valores fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pessoal e social dos alunos. Quanto às competências a desenvolver, avaliam-se as competências de análise, de interpretação e composição discursivas, assim como as competências de problematização, de argumentação, de espírito crítico e de questionamento face à informação e às situações.

Para além dos testes sumativos, que outro tipo de trabalhos práticos avaliáveis é possível fazer nestas disciplinas?

Para além dos testes sumativos, são fontes privilegiadas de avaliação a realização e a apresentação de trabalhos de grupo e individuais, os relatórios, os mapas conceptuais e os portefólios.

De que maneira é valorizada a expressão oral (intervenções, debates, exposições orais)?

As intervenções orais solicitadas pelo professor e espontâneas, os debates e a apresentação de trabalhos têm um peso significativo, tanto na Filosofia como na Psicologia, representando 10 a 20 por cento do total da avaliação, consoante a disciplina e o nível de escolaridade.

Os maus resultados dos alunos em Filosofia no início do 10.º ano devem-se a um grau de exigência grande para esta idade e para este nível de crescimento intelectual ou à ausência de um nível de linguagem adequado?

O grau de exigência é adequado ao desenvolvimento intelectual de um aluno que inicia o 10.º ano. Os maus resultados no início do 10.º ano devem-se ao facto de muitos alunos não possuírem as competências básicas de discurso, ao nível da compreensão, da interpretação e da comunicação, que são fundamentais na Filosofia, por não terem hábitos de escrita e de leitura. Isto explica a utilização de uma linguagem pobre e desadequada e a dificuldade em compreender realidades abstratas. Além disso, ao depararem-se com uma disciplina nova e que tem uma especificidade própria, muitas vezes, não sabem como lidar com esta situação.

De que modo valoriza a disciplina a capacidade de escrita?

A capacidade de escrita é a mais valorizada, uma vez que as produções escritas representam 75 a 85 por cento do total da avaliação, de acordo com a disciplina e o nível de escolaridade.

Nas turmas desenvolve-se alguma atividade de leitura de obras ou de visionamento de filmes para análise global?

Considerando as competências a desenvolver na Filosofia, o instrumento fundamental de trabalho, em contexto de sala de aula, é o texto filosófico. A leitura de obras integrais deve ser feita em casa, de acordo com as sugestões do professor ou os interesses dos alunos. O visionamento de filmes com enquadramento programático é também um recurso interessante e bastante motivador. Pode ser objeto de realização de uma ficha de análise do conteúdo ou servir de ponto de partida para um debate.

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