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Crise obriga a poupar no combate a incêndios

Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil confirma que haverá cortes «da ordem dos 20 por cento» sobretudo nos meios aéreos

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) critica a redução de verbas para os meios de combate aos incêndios, alertando que «põe em perigo» as vidas e haveres das populações.

«A Associação Nacional de Municípios contesta veementemente esta atitude do Governo em relação aos cortes para os meios aéreos e para os meios de terra, porque, com esta atitude, o Governo põe em perigo as vidas e os haveres das populações», afirmou anteontem o dirigente da ANMP Jaime Soares. No fim-de-semana, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) tinha manifestado preocupação pela anunciada redução de meios devido à crise, isto quando o próximo verão se anuncia «muito quente». Nessas circunstâncias, o vice-presidente da LBP defendeu a urgência de preparar a época de forma a que a crise financeira não se intrometa «de forma grave no essencial do combate» aos fogos florestais. No entanto, Rui Silva garantiu que os «os bombeiros não vão deixar o país descalço» perante as adversidades, reafirmando o empenho pessoal destes na supressão das dificuldades que emergirem da diminuição de meios e verbas.

Este cenário já foi, de resto, confirmado pelo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, segundo o qual haverá cortes «da ordem dos 20 por cento», sobretudo nos meios aéreos. Mas o general Arnaldo Cruz garantiu estarem reunidas as condições para erguer um dispositivo igualmente eficaz este ano. «Quando não houver meios aéreos em sítios onde estariam previstos, encontraremos forma de aí colocar equipas terrestres de resposta imediata», disse. E acrescentou que está em curso «uma análise, um trabalho, com todo o cuidado, em colaboração com todos os distritos para procurar as melhores soluções, tendo em conta a evolução climatérica, num esquema naturalmente mais flexível».

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