O presidente do PSD, Pedro Santana Lopes, defendeu no último congresso laranja a criação de uma plataforma de apoio ao PSD que incluiria, nomeadamente, independentes. Na Guarda, um independente que tem estado com o partido – e que foi eleito vereador pelo PSD -, Crespo de Carvalho, mostra-se distante do processo eleitoral para as legislativas. «Não tenho qualquer papel activo» assegura, acrescentando não ter sido convidado para se envolver na campanha. Para Crespo de Carvalho, esta será «a lista possível» e considera que «quem é de cá é quem melhor pode defender os interesses do distrito». O empresário acredita que «se em Lisboa, Santana Lopes conseguiu uma reviravolta, pode também conseguir um resultado bem diferente daquele que as sondagens indicam». E acredita que na região «os efeitos negativos da política nacional» serão mínimos.
Sendo certo que o debate político neste momento anda à volta das eleições legislativas, as autárquicas não estão esquecidas. Assim, a agitação sobre quem poderão ser os candidatos às autarquias continua. Segundo na lista de Ana Manso em 2001, Crespo de Carvalho afirmou-se como vereador atento e interventivo ao longo deste mandato. O actual vereador do PSD tem mesmo aparecido como um dos nomes preferidos por alguns sectores do partido para encabeçar a candidatura à autarquia nas próximas eleições. No entanto, e perante a provável perseverança de Ana Manso, o empresário parece pouco disponível para participar numa candidatura partidária. Para Crespo de Carvalho, «era bom que aparecesse alguém numa terceira via», ou seja, numa candidatura independente, e «quebrasse» a hegemonia de PS e PSD. O vereador faz questão de recordar que foi eleito como independente na lista social-democrata e pretende continuar a não ter filiação partidária. Defende por isso que seria «viável o aparecimento de uma lista independente» dos partidos que permitisse o «nascimento de um novo ciclo para a Guarda». Crespo de Carvalho considera ser «prematuro tomar posição», mas não põe de parte a possibilidade de assumir uma candidatura fora da órbita partidária. «Há um conjunto de pessoas que me tem desafiado para ter um papel activo nas autárquicas», revela. Sem se querer comprometer, sempre vai dizendo que poderá «pensar seriamente» nessa possibilidade. De resto, afirma que é «pouco provável» que esteja disponível para se envolver partidariamente. Neste contexto, e se conseguir apoios de peso, Crespo de Carvalho considera que «faz todo o sentido ponderar» a possibilidade de lançar uma candidatura sem partido.
