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Cozinha do hospital reabre em contentores

Equipamentos foram alugados a empresa especializada por um período de seis meses, que podem ser renovados, mas os valores envolvidos não foram divulgados

A cozinha do Hospital Sousa Martins, encerrada desde meados de maio por falta de condições, voltou a entrar de serviço anteontem em três contentores devidamente equipados para o efeito.

«É uma boa solução para resolver o nosso problema com as instalações antigas porque cumpre os regulamentos em vigor», considerou Manuela Estêvão, que guiou os jornalistas numa pequena visita à estrutura instalada no parque de estacionamento sobranceiro à Rádio Altitude. Contentores e equipamentos foram alugados a uma empresa especializada, a Algeco, que tem trabalhado nos principais festivais de música do país, por um prazo de seis meses – os valores envolvidos não foram divulgados, apesar das várias tentativas de O INTERIOR junto da administração da ULS guarense –, que poderão ser renovados, adiantou a técnica superior de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda. Ali vão trabalhar 12 pessoas, em dois turnos, sendo que os contentores estão montados de forma a permitir um circuito de «marcha em frente». Depois de confecionadas, as refeições são embaladas e transportadas em carro próprio para os diferentes serviços do hospital guardense.

Atualmente, a cozinha do Sousa Martins, cujo serviço está concessionado a uma empresa do setor, produz cerca de 500 refeições por dia, entre almoços e jantares, que até segunda-feira eram provisoriamente elaboradas na cozinha do Centro de Emprego da Guarda. «Estes contentores são uma solução provisória, não será definitiva, pois a administração já contactou empresas para fazer uma cozinha nas instalações atuais», acrescentou a engenheira sanitarista, recordando que o projeto constava da segunda fase de requalificação do hospital – que não tem datas nem verbas para ser iniciada. Manuela Estêvão considerou que a comida confecionada nos contentores «é melhor que num restaurante», tanto assim que até convidou a ASAE a conhecer estas instalações «alternativas».

De resto, a técnica declarou que a antiga cozinha, encerrada pela administração da ULS, tinha «problemas de construção e de manutenção que foram sendo resolvidos», mas que se gastou «muito dinheiro e mal para resolver esses problemas estruturais». A cozinha do Sousa Martins foi fechada em maio. Na altura, Vasco Lino desmentiu que tenha sido encerrada pela ASAE, que esteve presente na unidade hospitalar no dia 22 desse mês, data em que a cozinha encerrou. «Foi fechada previamente, o que já estava planeado de forma a fazer obras e mudar alguns equipamentos», referiu o presidente do Conselho de Administração da ULS.

Contentores são «solução provisória», sustenta a ULS da Guarda

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