A Câmara da Covilhã vai reduzir alguns impostos e tarifas de forma a apoiar «as famílias e a atividade económica do concelho a ultrapassar este período de graves constrangimentos financeiros». A medida, aprovada na última reunião do executivo, realizada na passada sexta-feira, implica uma quebra das receitas da ordem dos 782 mil euros.
As reduções entrarão em vigor este ano e no próximo. Entre elas, o município adianta que vai usar receitas da taxa de ocupação de subsolo e outras fontes para baixar, em 2013, o preço da água «a 70 por cento dos consumidores, traduzindo-se em menos 200 mil euros de receitas», refere um comunicado da autarquia presidida por Carlos Pinto. A Câmara anunciou ainda que no próximo ano os prédios urbanos avaliados nos termos do Código de Imposto Municipal sobre Imóveis terão uma redução de taxa de 0,4 para 0,35 por cento, sendo de 0,8 para prédios rústicos e 0,7 para prédios urbanos. Com esta decisão, a edilidade deixa de cobrar «280 mil euros», lê-se no mesmo documento. Já para entrar em vigor este ano, o executivo deliberou isentar de Derrama as empresas com volume de negócios até 250 mil euros e cobrar uma taxa de 1,5 por cento às restantes, o que resultará numa perda de receita avaliada em 230 mil euros. A última medida diz respeito ao congelamento das rendas de habitação social e vai abranger 600 famílias, sendo que a Câmara vai abdicar de 72 mil euros com a sua introdução.